segunda-feira, abril 20, 2009

Qual a moral para este discurso patético?

Esta mulher é uma "prenda", sobretudo quando se trata de perceber o que é a ética na política, ou a falta dela. Vejam o que ela disse hoje: "A eurodeputada socialista Edite Estrela exigiu explicações aos sociais-democratas depois de o jornal Público ter avançado que o candidato indicado pelo PSD-Madeira ao Parlamento Europeu estará de facto em 6.º lugar e não no 8.º, porque duas candidatas na lista, Teresa Morais e Regina Bastos, se preparam para renunciar aos mandatos após garantir a eleição.De acordo com a Lei da Paridade, em cada três candidatos, um deverá ser mulher. O "Público" avança na sua edição de hoje que Alberto João Jardim terá negociado com Manuela Ferreira Leite a renúncia de duas candidatas, terceira e sexta na lista, de forma a deixar o nome proposto pela Madeira em condições de ser eleito. Edite Estrela exige assim explicações a Manuela Ferreira Leite, acusando o PSD de se preparar para contornar a Lei da Paridade e cometer uma fraude eleitoral, possibilidade que o social-democrata madeirense Guilherme Silva, em cujas declarações teria origem a notícia, já veio negar. Edite Estrela exige contudo que Ferreira Leite esclareça se é verdade que Teresa Morais e Regina Bastos apenas irão ser colocadas na lista do PSD para cumprir formalmente a Lei da Paridade, havendo acordo para uma posterior renúncia das candidatas. A eurodeputada do PS e número dois da actual lista dos socialistas para o Parlamento Europeu considera que a verificar-se a suspeita tal constituiria "um caso da maior gravidade" com o PSD a preparar-se para "cometer uma fraude eleitoral". Mas afinal é ou não verdade que o PS candidata ao PE duas anunciadas candidatas às Câmaras do Porto (Elisa Ferreira) e de Sinta (Ana Gomes)? Como é que o PSD é que anda (?) a fazer embuste? E qual a moral par a esta deputada socialista ao PE vir falar nos termos em que o faz? A vergonha destes dois partidos não é de hoje: ela começa quando recusaram o referendo para o Tratado de Lisboa, recusaram ouvir e esclarecer o povo, decidiram tudo em S. Bento, nas costas dos portugueses, e agora andam de regresso à mais uma desenfreada caça aos votos. Aí se os portugueses não tivessem tanta memória curta...

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