A firma de arquitetos responsável pelo novo aeroporto de Pequim estava
preocupada que o tamanho do edifício pudesse ser avassalador. Quando estiver
terminado em 2018, o novo aeroporto de Pequim vai ser o maior aeroporto de
apenas um terminal do mundo. A firma de arquitetos Zaha Hadid, de Londres,
juntamente com a empresa francesa ADPI, quer criar um espaço que não seja
avassalador, apesar do tamanho, para os 45 milhões de passageiros que vão
passar por lá cada ano. O segredo está nas formas. O terminal de aeroporto, que
vai ocupar uma área equivalente à de 70 campos de futebol, tem um formato
radial, descrito pelo site especializado Gizmag como "a forma de uma
enorme estrela do mar mutante", ou pelo site Fast Company Design como
"mais ou menos o que acontece quando se estica uma bola de plasticina
entre as mãos". A escolha dessa forma não é acidental. "É a forma
mais compacta de agregar os aviões ao redor das portas", contou ao Fast
Company um dos diretores-adjuntos da firma Zaha Hadid, Cristiano Ceccato. O
terminal está no limite do tamanho possível, explicou Ceccato. Se fosse maior,
"as distâncias seriam tão grandes que as pessoas demorariam tanto tempo a
atravessar o aeroporto que perderiam o voo", disse o diretor-adjunto. Para
Ceccato, as pessoas não estão dispostas a caminhar mais do que 500 metros entre
os controlos de segurança do aeroporto e a porta onde se encontra o avião, algo
que a forma radial do aeroporto também ajuda. O maior terminal de aeroporto
parece "uma estrela do mar mutante" por uma razão Quanto à
preocupação de que os visitantes do aeroporto, que se estimam nos 45 milhões
anuais mas poderão chegar a 72 milhões, possam sentir-se avassalados com o
tamanho do edifício, a firma Zaha Hadid incorporou colunas, uma espécie de
divisórias, no interior do terminal. "Vai quebrando o espaço e dando um
certo ritmo no interior", contou Ceccato. "Sentes como se fosse um
espaço contínuo e fluido, mas com momentos de pausa". O novo aeroporto
fica no subúrbio de Daxing, a sul de Pequim. Em 2025 deverá ser apoiado por um
segundo terminal, que vai ocupar mais 42 hectares (fonte: DN de Lisboa)