Segundo o Dinheiro Vivo, ”Viena,
Áustria, é a cidade com melhor qualidade de vida do mundo. Lisboa subiu duas
posições face a 2014, e ocupa o 41º lugar, ficando acima de Chicago e Nova
Iorque. No último estudo Quality of Living 2015, da Mercer, a Europa volta a
conquistar os melhores lugares das cidades com mais qualidade de vida. No topo
da lista das cidades com melhor qualidade de vida estão as cidades europeias,
em conjunto com algumas das maiores cidades da Austrália e da Nova Zelândia.
Viena é a primeira, Zurique, Auckland e Munique ocupam o segundo, terceiro e
quarto lugares, respetivamente. As cidades da Europa Ocidental ocupam sete
lugares no TOP 10, por outro lado as piores da Europa são Belfast (63º) e
Atenas (85º). Lisboa aparece classificada em 41º lugar do ranking. A capital
portuguesa consegue assim subir dois lugares no ranking, relativamente ao ano
passado. Os pontos onde a capital portuguesa se apresenta melhor relativos ao
ambiente económico, ao ambiente sócio-cultural e disponibilidade de bens de
consumo. Por outro lado, revela o estudo, onde se qualifica pior é no
congestionamento de tráfego, facilidades aeroportuárias e poluição atmosférica.
Tiago Borges, responsável pela área de estudos de Mercado da Mercer, sublinha
que "as cidades europeias continuam a ser consideradas as melhores no que
se refere aos padrões de qualidade de vida, comparativamente com cidades
localizadas noutras regiões. A estabilidade política e uma taxa de
criminalidade ainda baixa, em conjunto com boas condições ao nível da saúde,
infra-estruturas e entretenimento, fazem com que apareçam posicionadas entre os
primeiros lugares no ranking. A região não sofreu grandes alterações nos
padrões de vida tendo em conta o ano anterior". As cidades da Europa
Central e de Leste mais bem classificadas são Praga (68º), Budapeste e
Ljubljana (ambas na 75ª posição). Destaque para a cidade emergente de Wroclaw
(100º), na Polónia, que oferece um bom ambiente cultural e social e uma boa
oferta de bens de consumo. As cidades pior classificadas desta região são Kiev
(176º), Tirana (180º), e Minsk (189º), "com Kiev a cair
significativamente, devido ao cenário de instabilidade politica e de violência
na Ucrânia". O estudo da consultora
Mercer, sobre a Qualidade de Vida, num ranking de 230 cidades, tem por objetivo
de auxiliar as empresas multinacionais e outras entidades empregadoras a
remunerarem com justiça e rigor os colaboradores que sejam colocados em
projetos internacionais, em alinhamento com as suas políticas e práticas de
Mobilidade Internacional. Para Tiago Borges, responsável pela área de estudos
de Mercado da Mercer, aceitar um TRABALHO noutro país, pode ser o desafio, por
isso, "os colaboradores precisam de avaliar se os membros da sua equipa ou
familiares vão sofrer alguma diminuição no seu nível de qualidade de vida
quando se deslocam para novas regiões e garantir que são justamente
compensados". A pensar em dar respostas às empresas e colaboradores, a
Mercer estabeleceu um ranking, e no de 2015, na quinta posição surge Vancouver,
a primeira cidade norte-americana a surgir no ranking e a única desta região a
integrar os primeiros 10 lugares desta classificação. A primeira cidade
asiática a integrar o ranking é Singapura, no 26º lugar. O Dubai surge como o
primeiro representante de toda a região do Médio oriente e África, na 74ª
posição. A primeira a surgir da América do Sul, é Montevidéu, no Uruguai (78º).
Bagdade encontra-se posicionada na última posição. De acordo com o estudo, a
América do Norte, o Canadá e os Estados Unidos continuam a oferecer uma
qualidade de vida elevada. Vancouver (5º) é a primeira cidade a surgir da
região, seguida por duas outras cidades canadianas: Toronto (15º) e Ottava
(16º). São Francisco (27º), Boston (34º) e Honolulu (36º) são as cidades mais
bem classificadas dos Estados Unidos. A primeira cidade a surgir no México é
Monterrey, em 109º lugar. A Cidade do México surge apenas em 126º lugar. As
cidades da América do Norte pior classificadas no ranking são Havana (193º) e
Port-au-Prince (228º). Na América do Sul, Montevidéu (78º), Buenos Aires (91º)
e Santiago (93º) são as cidades que surgem nos lugares mais cimeiros desta
tabela. Nas piores posições surgem La Paz (156º) e Caracas (179º). No Brasil, a
Mercer identificou Manaus como uma cidade emergente, surgindo na 127ª posição.
"Esta zona está já a revelar-se um verdadeiro centro industrial e tem uma
zona económica livre com uma disponibilidade alargada de bens de consumo e uma
infraestrutura relativamente avançada", refere o estudo. Na Ásia, a
primeira cidade a surgir no ranking é Singapura, que ocupa o 25º lugar, e no
fundo da lista, Dushanbe, Tajiquistão, na 214ª posição. Tóquio foi a melhor
classificada entre as cidades do leste da Ásia, ocupando o 44º lugar. O estudo
identificou os problemas das cidades desta região do mundo, destacando dois
grandes desafios: o fornecimento de água potável e a poluição do ar. No
entanto, os avanços nas telecomunicações e os setores ligados à área de consumo
contribuíram com pontos positivos para esta classificação. No Pacífico, a Nova
Zelândia e as cidades australianas encontram-se entre as cidades mais bem
classificadas a nível mundial, neste estudo. É o caso de Auckland, que se
encontra na 3ª posição, Sydney em 10º lugar, Wellington em 12º e Melbourne em
16º. Na 74ª posição, o Dubai foi considerado a cidade com melhor qualidade de
vida de toda a região do Médio Oriente e África. Segue-se nesta lista Abu Dhabi
(77º), também nos Emirados Árabes Unidos, e Port Louis (82º), nas Maurícias. Na
África do Sul, Durban (85º) é uma cidade emergente e surge mais bem
classificada que os tradicionais centros empresariais do país, como a Cidade do
Cabo (91º) e Joanesburgo (94º). Para a elaboração deste estudo a Mercer avalia
39 critérios em dez categorias, como o ambiente social e político, o ambiente
económico, ambiente sociocultural, fatores médicos e sanitários, escolas e
educação, serviços públicos e transportes, entretenimento, bens de consumo,
habitação, fatores naturais”