Não posso deixar de estranhar o destaque dado a notícias - que sendo legítimas e, ao que me constam, factuais - envolvendo o Clube de Futebol União e as suas dívidas a terceiros. Estranhar sem colocar em causa a liberdade jornalística e sem discutir os critérios editoriais como é óbvio.Mas estranhar porquê?
Em primeiro lugar, porque todos os clubes da RAM, repito, todos os clubes da RAM, têm nesta data dívidas a terceiros, cujos montantes variam em função da própria dimensão das coletividades e da amplitude da sua prática desportiva e competitiva e consequentes responsabilidades inerentes;
Em segundo lugar, porque a opinião pública, como é compreensível, dificilmente dissociará esta situação dos processos judicias de reclamação de dívidas agora noticiados, da ligação, mesmo que indireta, de Jaime Ramos ao clube;
Em terceiro lugar, estranho também e sobretudo, porque há outros clubes desta terra, que não identificarei, que alegadamente - será que podem confirmar isso?! - a braços com processos judiciais similares, alguns deles bem recentes, quer de pedido de insolvência quer de reclamação de dívidas, alguns deles iniciativa de antigos atletas, e que têm como pano de fundo valores substancialmente superiores aos imputados ao Clube de Futebol União, mas que pelos vistos parecem não ser notícia.
Repito, isto não é uma crítica ao exercício livre do jornalismo nem às opções editoriais dos meios de comunicação social mas apenas questionar os motivos da dimensão pública dada a processos judiciais envolvendo um clube - e que obviamente terão o seu epílogo, quer por via de acordos entre as partes, quer em última instância por decisão judicial - em detrimento de situações semelhantes que são ignoradas ou desvalorizadas.
Em segundo lugar, porque a opinião pública, como é compreensível, dificilmente dissociará esta situação dos processos judicias de reclamação de dívidas agora noticiados, da ligação, mesmo que indireta, de Jaime Ramos ao clube;
Em terceiro lugar, estranho também e sobretudo, porque há outros clubes desta terra, que não identificarei, que alegadamente - será que podem confirmar isso?! - a braços com processos judiciais similares, alguns deles bem recentes, quer de pedido de insolvência quer de reclamação de dívidas, alguns deles iniciativa de antigos atletas, e que têm como pano de fundo valores substancialmente superiores aos imputados ao Clube de Futebol União, mas que pelos vistos parecem não ser notícia.
Repito, isto não é uma crítica ao exercício livre do jornalismo nem às opções editoriais dos meios de comunicação social mas apenas questionar os motivos da dimensão pública dada a processos judiciais envolvendo um clube - e que obviamente terão o seu epílogo, quer por via de acordos entre as partes, quer em última instância por decisão judicial - em detrimento de situações semelhantes que são ignoradas ou desvalorizadas.
