Diz o Jornal I que "esta saída de trabalhadores acompanha o fecho de mais 60 balcões que o banco também vai levar a cabo. O Banif vai abrir um programa de rescisões voluntárias e reformas antecipadas com o objetivo de que 300 trabalhadores saiam do banco nas próximas semanas, divulgou hoje a instituição liderada por Jorge Tomé. Esta saída de trabalhadores acompanha o fecho de mais 60 balcões que o banco também vai levar a cabo, concluindo assim o processo de encerramento de 120 balcões definido no início de 2012. Neste processo de redução de 300 trabalhadores (até ao momento, desde 2012, o Banif já reduziu cerca 600 colaboradores) e do fecho de mais 60 balcões, o banco liderado por Jorge Tome prevê gastar 12 milhões de euros. A poupança estimada no futuro é de 15 milhões de euros por ano. Com este corte de custos que, segundo disse o banco em comunicado, tem por objetivo "garantir de forma estrutural a rentabilidade do grupo", o Banif antecipa para este ano objetivos que tinha de cumprir até ao fim de 2016, no âmbito do processo de transformação do banco lançado em 2012. Os trabalhadores poderão candidatar-se ao processo de rescisões e reformas antecipadas já a partir desta terça-feira (18 de março) e até final do mês. A instituição propõe-se oferecer entre 1,1 a 1,5 salários por cada ano de antiguidade (os trabalhadores com menos anos de empresa terão uma maior majoração da indemnização, ou seja, o salário a pagar será maior se o valor total da indemnização for menor), a manutenção das condições do crédito à habitação e seguro de assistência à saúde ao longo de pelo menos um ano. Se o banco conseguir concretizar a saída de mais 300 trabalhadores e o fecho de mais 60 agências, fica com cerca de 2.000 colaboradores e 226 balcões. O Banif está em processo de reestruturação desde 2012, ano em que o ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Jorge Tomé assumiu o cardo de presidente executivo e o ex-ministro socialista Luís Amado o cargo de 'chairman' (presidente não executivo). Nas últimas semanas, a instituição tem sido notícia pelo entendimento feito com a Guiné Equatorial com vista à entrada de uma empresa daquele país africano no capital do banco, um acordo visto por algumas forças como ajuda à entrada da Guiné Equatorial na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Em janeiro de 2013, o Estado injetou 1.100 milhões de euros no Banif para o recapitalizar, sendo 400 milhões de euros em obrigações convertíveis em ações (as chamadas 'CoCo' bonds', pelas quais paga juros anuais que começam a 9,5%.) e 700 milhões em ações, que deixou o Estado com o controlo de cerca de 99% da instituição. Em troca, o Banif ficou obrigado a fazer um primeiro pagamento de 150 milhões de euros ao Estado (o que aconteceu em agosto), para recomprar parte das 'CoCo', e mais 125 milhões de euros até final do ano passado. O banco espera neste momento 'luz verde' do Banco de Portugal para fazer este segundo pagamento.
Ainda como contrapartida pela ajuda estatal, o Banif ficou obrigado a realizar um aumento de capital de 450 milhões de euros, para que o Estado veja a sua participação reduzida a 60,57% do capital e 49,41% dos direitos de voto, regressando o controlo do banco a mãos privadas.
Até ao momento, o Banif arrecadou 311,4 milhões de euros em quatro aumentos de capital, detendo o Estado português 68,8% do banco, faltando cerca de 130 milhões de euros para sair do controlo público, sendo este o valor que a empresa da Guiné Equatorial poderá injetar no banco. O Banif aguarda ainda a ‘luz verde' da Comissão Europeia quanto ao seu plano de reestruturação, apesar de já ser conhecido que o banco terá de sair das unidades que tem fora de Portugal, como a unidade problemática do Brasil, mas também de Malta, Cabo Verde ou a participação na Banca Pueyo. O ano passado, o Banif teve prejuízos de 470,3 milhões de euros, naquele que foi o terceiro ano consecutivo de resultados negativos, ainda assim menos 19,5% do que os 584,2 milhões de euros de 2012"
Em janeiro de 2013, o Estado injetou 1.100 milhões de euros no Banif para o recapitalizar, sendo 400 milhões de euros em obrigações convertíveis em ações (as chamadas 'CoCo' bonds', pelas quais paga juros anuais que começam a 9,5%.) e 700 milhões em ações, que deixou o Estado com o controlo de cerca de 99% da instituição. Em troca, o Banif ficou obrigado a fazer um primeiro pagamento de 150 milhões de euros ao Estado (o que aconteceu em agosto), para recomprar parte das 'CoCo', e mais 125 milhões de euros até final do ano passado. O banco espera neste momento 'luz verde' do Banco de Portugal para fazer este segundo pagamento.
Ainda como contrapartida pela ajuda estatal, o Banif ficou obrigado a realizar um aumento de capital de 450 milhões de euros, para que o Estado veja a sua participação reduzida a 60,57% do capital e 49,41% dos direitos de voto, regressando o controlo do banco a mãos privadas.
Até ao momento, o Banif arrecadou 311,4 milhões de euros em quatro aumentos de capital, detendo o Estado português 68,8% do banco, faltando cerca de 130 milhões de euros para sair do controlo público, sendo este o valor que a empresa da Guiné Equatorial poderá injetar no banco. O Banif aguarda ainda a ‘luz verde' da Comissão Europeia quanto ao seu plano de reestruturação, apesar de já ser conhecido que o banco terá de sair das unidades que tem fora de Portugal, como a unidade problemática do Brasil, mas também de Malta, Cabo Verde ou a participação na Banca Pueyo. O ano passado, o Banif teve prejuízos de 470,3 milhões de euros, naquele que foi o terceiro ano consecutivo de resultados negativos, ainda assim menos 19,5% do que os 584,2 milhões de euros de 2012"