Sem tomar posição sobre o que realmente se passa - porque desconheço os fundamentos do processo judicial resultante da acção popular - e reafirmando que qualquer desistência por parte dos autores da iniciativa judicial não significa que o assunto morra imediatamente por causa disso - já que o MP está obrigado a constatar se existem motivos que obriguem ao seu envolvimento no processo, nomeadamente assumindo ele, MP, a autoria da iniciativa nos termos constantes da acção popular - há uma questão que gostaria de recordar e partilhar, até porque a memória não é coisa que se deva apagar, até para que as pessoas percebam melhor do que falamos e retirem em função disso as conclusões que entenderem.
Nos anos noventa, quando abandonei a atividade profissional e aceitei um envolvimento na política, quer até então não tinha tido por óbvia incompatibilidade deontológica e de princípio, lembro-me que uma das primeiras decisões tomadas pelo então secretariado do PSD-Madeira foi a de aceitar negociar com a congregação dos Padres Cruzios a eventual compra do terreno no Caniçal (onde foi edificada a Quinta do Lorde) para ali construir um espaço de de lazer destinado aos militantes social-democratas que desfrutariam de privilegiado e fácil acesso ao mar. Penso que na altura, meados dos anos noventa o assunto chegou a ser noticiado na imprensa regional.
A verdade, se bem me lembro, é que se houve entendimento financeiro, até porque o valor pedido pela propriedade não era excessivo, o interesse rapidamente se desvaneceu quando fomos informados - e recordo-me perfeitamente disso - da existência de diretos de passagem, de direitos de partilha de acesso e de outras restrições legais que impediam que espaço fosse totalmente vedado e reservado apenas aos militantes do PSD da Madeira como era intenção.
Sei que tempos depois apareceu a notícia de que o terreno estaria a ser comprado por privados, um conjunto de personalidades que se constituíram em empresa ou em associação, que ali pretendiam construir uma estrutura marítima (clube náutico ou coisa do género), sem que alguma vez se tivesse falado na construção de um empreendimento hoteleiro. E que isso fique clarinho como água. Se juntarmos estas situações todas que acabo de descrever, constata-se que afinal nem todos foram tratados da mesma maneira quanto à ocupação daquele terreno, curiosa e paradoxalmente, a começar pelo PSD-Madeira que apesar de ter iniciado o processo negocial, rapidamente dele se afastou pelas razões já atrás descritas.
Nos anos noventa, quando abandonei a atividade profissional e aceitei um envolvimento na política, quer até então não tinha tido por óbvia incompatibilidade deontológica e de princípio, lembro-me que uma das primeiras decisões tomadas pelo então secretariado do PSD-Madeira foi a de aceitar negociar com a congregação dos Padres Cruzios a eventual compra do terreno no Caniçal (onde foi edificada a Quinta do Lorde) para ali construir um espaço de de lazer destinado aos militantes social-democratas que desfrutariam de privilegiado e fácil acesso ao mar. Penso que na altura, meados dos anos noventa o assunto chegou a ser noticiado na imprensa regional.
A verdade, se bem me lembro, é que se houve entendimento financeiro, até porque o valor pedido pela propriedade não era excessivo, o interesse rapidamente se desvaneceu quando fomos informados - e recordo-me perfeitamente disso - da existência de diretos de passagem, de direitos de partilha de acesso e de outras restrições legais que impediam que espaço fosse totalmente vedado e reservado apenas aos militantes do PSD da Madeira como era intenção.
Sei que tempos depois apareceu a notícia de que o terreno estaria a ser comprado por privados, um conjunto de personalidades que se constituíram em empresa ou em associação, que ali pretendiam construir uma estrutura marítima (clube náutico ou coisa do género), sem que alguma vez se tivesse falado na construção de um empreendimento hoteleiro. E que isso fique clarinho como água. Se juntarmos estas situações todas que acabo de descrever, constata-se que afinal nem todos foram tratados da mesma maneira quanto à ocupação daquele terreno, curiosa e paradoxalmente, a começar pelo PSD-Madeira que apesar de ter iniciado o processo negocial, rapidamente dele se afastou pelas razões já atrás descritas.