Segundo o Correio dos Açores, "Cenas de pancadaria entre mulheres, com puxões de cabelo e agressões a soco, à mistura com insinuações e palavrões, nas arcadas da Matriz de Ponta Delgada, com o envolvimento de agentes da polícia, da ambulância SIV – Suporte Imediato de Vida e de uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, foi o cenário que ocorreu na tarde de ontem na fila indiana de beneficiários do Rendimento Social de Inserção desde a porta da instituição de crédito ‘Santander Totta’, em determinada altura, quase até à estátua do Anjo São Gabriel, em frente à câmara municipal. Uma das mulheres, ao ser agredida, desmaiou e foi socorrida para dentro da ambulância pela equipa de bombeiros voluntários presentes. No meio da confusão, um indivíduo embriagado foi também agredido e ficou estirado no chão. Contudo, quando a equipa de bombeiros chegou ao local, o indivíduo recusou-se a ser transportado para o Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada. E a isso, como é norma, não podia ser obrigado. Estes aparatosos incidentes que foram ocorrendo a partir da fila indiana de beneficiários que foram levantar os cheques do Rendimento Social de Inserção, e outros apoios sociais, ao ‘Santander Totta’, concentraram atenções de muitos curiosos na Matriz de Ponta Delgada. “São cenas do terceiro mundo”, dizia um dos curiosos enquanto outro rematava que “uma fila como esta só vi em Cuba de pessoas com senha para levantar alimentos. A diferença está na cor da pele das pessoas e entre a senha que dava direito a comida e o cheque que, aqui, dá direito a dinheiro”. Desde manhã que centenas, ou mesmo alguns milhares de micaelenses começaram a acorrer ao balcão ‘Santander Totta’, em Ponta Delgada, para levantar o cheque do Rendimento Social de Inserção, gerando uma fila indiana que perdurou por praticamente todo o dia. Os funcionários da instituição de crédito estiveram sempre a controlar a entrada de clientes, deixando que entrasse apenas um determinado número. Ao longo do tempo foram sempre tratando todos por igual, de uma forma profissional e afável. E, mesmo quando chegou a hora de fecho do banco, pelas 15 horas, informaram os beneficiários do RSI que ainda aguardavam a sua vez que todos seriam atendidos. Aliás, registe-se, as confusões com agressões que se foram gerando a partir da fila indiana de pessoas que aguardavam a sua vez para receber o RSI relacionaram-se, sobretudo, com desavenças pessoas e familiares e nunca tiveram origem na forma como estavam a ser atendidas pelo ‘Santander Totta’.
Origem num erro informático
Toda esta confusão teve origem num erro informático ocorrido no sistema da Segurança Social, a nível nacional, que fez com que à volta de cinco mil açorianos, - uma parte substancial dos quais de São Miguel -, recebessem apenas ontem em carta-cheque os apoios sociais quando, em circunstâncias normais, os teriam recebido a semana passada por transferência bancária. O facto de receberem o cheque-carta numa sexta-feira, e se meter o fim-de-semana pelo meio, levou a que a maioria destes beneficiários, com conta no ‘Santander Totta’, acorressem ao balcão da instituição de crédito em Ponta Delgada para levantarem o dinheiro e poderem utilizá-lo quanto antes, ou seja, no sábado e domingo. Contribuiu para a grande concentração de pessoas junto ao balcão da instituição de crédito na Matriz de Ponta Delgada, o facto do ‘Santander Totta’ não ter balcões em outros concelhos de São Miguel. E muitos dos beneficiários serem mesmo de fora do concelho de Ponta Delgada e uma parte significativa do concelho da Ribeira Grande. A presidente do Instituto da Segurança Social dos Açores, Sofia Couto, deixou claro ao ‘Correio dos Açores’ que toda esta situação gerada pelo erro informático no sistema nacional é alheia ao Governo Regional dos Açores. Sofia Couto realçou, igualmente, que o Instituto de Segurança Social dos Açores foi sempre elucidando os beneficiários dos apoios sociais da Região das razões do atraso no recebimento dos apoios sociais e do facto de o irem receber por carta-cheque. A presidente do Instituto admite que situações como esta, podem voltar a acontecer ao nível informático e considerou, neste contexto, que o importante é que a Segurança Social resolva o problema com a maior rapidez possível para que não faltem, mês a mês, os apoios sociais aos beneficiários"
Origem num erro informático
Toda esta confusão teve origem num erro informático ocorrido no sistema da Segurança Social, a nível nacional, que fez com que à volta de cinco mil açorianos, - uma parte substancial dos quais de São Miguel -, recebessem apenas ontem em carta-cheque os apoios sociais quando, em circunstâncias normais, os teriam recebido a semana passada por transferência bancária. O facto de receberem o cheque-carta numa sexta-feira, e se meter o fim-de-semana pelo meio, levou a que a maioria destes beneficiários, com conta no ‘Santander Totta’, acorressem ao balcão da instituição de crédito em Ponta Delgada para levantarem o dinheiro e poderem utilizá-lo quanto antes, ou seja, no sábado e domingo. Contribuiu para a grande concentração de pessoas junto ao balcão da instituição de crédito na Matriz de Ponta Delgada, o facto do ‘Santander Totta’ não ter balcões em outros concelhos de São Miguel. E muitos dos beneficiários serem mesmo de fora do concelho de Ponta Delgada e uma parte significativa do concelho da Ribeira Grande. A presidente do Instituto da Segurança Social dos Açores, Sofia Couto, deixou claro ao ‘Correio dos Açores’ que toda esta situação gerada pelo erro informático no sistema nacional é alheia ao Governo Regional dos Açores. Sofia Couto realçou, igualmente, que o Instituto de Segurança Social dos Açores foi sempre elucidando os beneficiários dos apoios sociais da Região das razões do atraso no recebimento dos apoios sociais e do facto de o irem receber por carta-cheque. A presidente do Instituto admite que situações como esta, podem voltar a acontecer ao nível informático e considerou, neste contexto, que o importante é que a Segurança Social resolva o problema com a maior rapidez possível para que não faltem, mês a mês, os apoios sociais aos beneficiários"