Há uma teoria que neste congresso do PSD tem vindo a ser repetidamente veiculada por governantes que, embora seja real, nunca foi utilizada antes. A pressão do FMI e da Comissão Europeia a isso obriga.
Falo do reconhecimento quanto ao desfasamento entre a alegada recuperação dos indicadores da despesa pública e, em certa medida, também da economia - seria criminoso que Portugal não recuperasse economicamente quando a Espanha, Irlanda e Grécia, por exemplo, melhoram e recuperam, tal como a União Europeia - e a ausência de qualquer melhoria sentida sobretudo nas famílias, cujos rendimentos continuam a ser abocanhados pela política de austeridade e pela teimosia deste governo. Sobre o valor da dívida e a sua dimensão relativamente ao PIB, é melhor nem falarmos nisso...
Ou seja, o discurso oficial e a propaganda da coligação dizem que o Estado está a melhorar porque gasta menos, mas não reduz a criminosa carga fiscal, cuja amplitude está diretamente relacionada com a despesa pública. Está melhor, dizem eles, mas a roubalheira mantém-se.
Alega o governo de coligação que a economia está a melhorar e apesar das desconfianças sobre o pretenso sucesso das exportações e das dúvidas que o FMI e Comissão Europeia colocaram sobre a sustentabilidade dos indicadores - por causa da sua dependência face aos combustíveis - a esperança da propaganda lisboeta é a de que a recuperação económica gere mais emprego e mais receitas para os cofres do estado. O problema é que nada disso está a acontecer e há indicadores que confirmam que não vai acontecer em 2014.
Continuamos a ter um desemprego estatístico da ordem dos 700 mil portugueses, que na realidade, contabilizando os que deixaram de procurar emprego e de figurar nessa estatística, será de 850 a 900 mil cidadãos e que descontando os jovens em cursos de formação profissional, coloca a realidade do desempregado em milhão de portugueses. Se a estes juntarmos os mais de 300 mil cidadãos que emigraram nestes três últimos anos, percebemos a trágica dimensão da gravidade do desemprego no nosso país. Temo que o desemprego se transforme numa penosa realidade estrutural e que ninguém tenha a coragem, desde Coelho ao Portas, de o reconhecer.
Portanto, apesar de todas estas dúvidas e incerteza, uma cosia é certa: o governo de coligação começa a veicular a ideia, que nunca deixou de ser uma realidade sentida no país real, de que os indicadores do estado podem ter melhorado, mas que as famílias continuam penosamente a arrastar-se sem sentirem no bolso os benefícios e/ou os efeitos dessa inversão de situação.
Como é sabido, quem vota são as famílias, os cidadãos em geral e não o Estado. (LFM)
Falo do reconhecimento quanto ao desfasamento entre a alegada recuperação dos indicadores da despesa pública e, em certa medida, também da economia - seria criminoso que Portugal não recuperasse economicamente quando a Espanha, Irlanda e Grécia, por exemplo, melhoram e recuperam, tal como a União Europeia - e a ausência de qualquer melhoria sentida sobretudo nas famílias, cujos rendimentos continuam a ser abocanhados pela política de austeridade e pela teimosia deste governo. Sobre o valor da dívida e a sua dimensão relativamente ao PIB, é melhor nem falarmos nisso...
Ou seja, o discurso oficial e a propaganda da coligação dizem que o Estado está a melhorar porque gasta menos, mas não reduz a criminosa carga fiscal, cuja amplitude está diretamente relacionada com a despesa pública. Está melhor, dizem eles, mas a roubalheira mantém-se.
Alega o governo de coligação que a economia está a melhorar e apesar das desconfianças sobre o pretenso sucesso das exportações e das dúvidas que o FMI e Comissão Europeia colocaram sobre a sustentabilidade dos indicadores - por causa da sua dependência face aos combustíveis - a esperança da propaganda lisboeta é a de que a recuperação económica gere mais emprego e mais receitas para os cofres do estado. O problema é que nada disso está a acontecer e há indicadores que confirmam que não vai acontecer em 2014.
Continuamos a ter um desemprego estatístico da ordem dos 700 mil portugueses, que na realidade, contabilizando os que deixaram de procurar emprego e de figurar nessa estatística, será de 850 a 900 mil cidadãos e que descontando os jovens em cursos de formação profissional, coloca a realidade do desempregado em milhão de portugueses. Se a estes juntarmos os mais de 300 mil cidadãos que emigraram nestes três últimos anos, percebemos a trágica dimensão da gravidade do desemprego no nosso país. Temo que o desemprego se transforme numa penosa realidade estrutural e que ninguém tenha a coragem, desde Coelho ao Portas, de o reconhecer.
Portanto, apesar de todas estas dúvidas e incerteza, uma cosia é certa: o governo de coligação começa a veicular a ideia, que nunca deixou de ser uma realidade sentida no país real, de que os indicadores do estado podem ter melhorado, mas que as famílias continuam penosamente a arrastar-se sem sentirem no bolso os benefícios e/ou os efeitos dessa inversão de situação.
Como é sabido, quem vota são as famílias, os cidadãos em geral e não o Estado. (LFM)