
Prudentemente estruturada para que no interior do seu espaço tivéssemos a livre circulação de pessoas, de bens e de capitais, ei-la depois a forçar as realidades que a iam tão bem institucionalizando.
Aderindo a um liberalismo económico mais radical, abriu as suas fronteiras exteriores, levando a que as suas próprias produções, nas suas regiões mais débeis, fossem cilindradas pela entrada de produtos concorrentes.
Levando a que os seus capitais abandonassem o espaço europeu a caminho de outras paragens, causando desemprego, já agravado por uma imigração descontrolada, e ficando assim em causa o modelo social europeu.
Mais. A União Europeia acelerou em termos de discutivelmente querer assumir mais competências que a diferenciam do modelo inicial de espaço de livre circulação, propondo-se a uma nova estruturação política. Porém, contrariando a lógica da Democracia, na Europa absolutamente essencial para a boa implantação e evolução de um projecto político, eis que estabelece tais mudanças à revelia dos cidadãos, fugindo ao Princípio do Referendo.
Ainda procede a um alargamento excessivo, porém deixando de fora dois países que são estrategicamente essenciais para o futuro da Europa, a Turquia e a Rússia.
E, agora, não estamos apenas perante a dificuldade para ultrapassar a presente, mas já prolongada, crise económica cíclica. Dificuldade, dado o discutível das opções até agora tomadas.
É que, por outro lado, vemos empalidecer, cada vez mais, o eixo Paris-Berlim, pois os alemães voltam-se atentamente para leste, empenhados em laços Berlim-Moscovo que desenvolvam o desafio de modernizar economicamente esse imenso espaço territorial que vai de Kaliningrad a Vladivostok.
Enquanto os ingleses, pragmaticamente com um pé na Europa e outro na América do Norte, não esclarecem, de uma vez por todas, afinal qual é o seu europeísmo". (crónica de Alberto João Jardim, na TV24)
Sem comentários:
Enviar um comentário