O Presidente do PSD da Madeira, aliás já o tinha referido num artigo de opinião publicado no JM - no qual manifestei estranheza pelo facto de, salvo raras excepções, as declarações de Alberto João Jardim na noite eleitoral autárquica foram...ignoradas ou desvalorizadas - confirmou aos seus pares esta semana que não será candidato à liderança do PSD no Congresso Regional a ter lugar provavelmente no início de 2011 e que, por conseguinte, não será o candidato do PSD madeirense às eleições regionais de 2011. A confirmação da sua decisão pessoal - aliás na referida noite eleitoral ficou quase tudo dito quando ele apelou à reflexão interna - coloca os social-democratas perante aquele que é um dos seus principais desafios. Jardim terá sugerido, embora não directamente, que deixassem de falar em continuidade da sua parte, e reafirmou que a reflexão interna tem que se pautar pelo bom senso, pela reserva e pela procura de soluções consensuais que garantam ao partido a estabilidade interna e condições para ganhar as eleições em 2011. Jardim estará à disposição do PSD-Madeira para tudo o que for necessário, não se mostrou muito interessado em ser interventor no processo de reflexão que eu admito que no Conselho Regional de Dezembro será calendarizado e estabelecido, particularmente quanto ao modelo que deverá ser adoptado. Nesta reunião o líder do PSD-Madeira deverá fazer um forte ataque a qualquer tentativa de manipulação do debate interno por parte de grupos de pressão ou interesses internos, assim como reafirmará que o PSD da Madeira deve decidir longe das pressões ou sugestões externas, particularmente da comunicação social. No entanto terá reafirmado que em caso de radicalização ou de situações de conflito pessoal, ou de amplificação de divergências internas na comunicação social, poderá ser obrigado a ter um papel que não pretendia chamar a si. Uma coisa é certa: no final da reunião da Comissão Política de 4ª feira os que lá estiveram ficaram absolutamente convictos de que Alberto João Jardim já terá decidido, definitivamente - tal como já confidenciara antes a alguns colaboradores mais próximos e elementos da sua confiança pessoal, inclusivé na noite eleitoral de 11 de Outubro - que a sua liderança política e governativa termina em 2011. Continuo a pensar que Alberto João Jardim deverá proferir no Conselho Regional de Dezembro, uma das mais importantes, se não mesmo a mais importante declaração política de todas as que até hoje fez, admitindo-se por isso que aquele órgão dirigente possa reunir-se com cerca de 300 pessoas. Dois objectivos políticos pessoais estão neste momento no horizonte de Alberto João Jardim, para além do interno: por um lado a resolução da questão da lei de finanças regionais, e a ela associada, algumas medidas no quadro da economia regional e da política orçamental regional e em, segundo lugar a viabilização de uma revisão constitucional que possibilitasse a aprovação de uma parte significativa das propostas que constarão da iniciativa que o PSD-Madeira já levou à Assembleia Legislativa e por esta foi aprovada.
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