Segundo o Publico, num texto da jornalista Ana Machado, o “Washington Post” é o último dos media a "juntar-se a um grupo já alargado que entendeu por bem estabelecer regras a seguir pela redacção quando decidirem usar o Twitter. Tudo começou quando um jornalista decidiu “twittar” sobre o que se gastava com tropas no Afeganistão e o que se gastaria com o novo plano de saúde proposto por Obama num tom opinativo. O jornal entende que isso pode prejudicar a imparcialidade profissional que se exige. E decidiu por um ponto final na situação.“Podemos dar-nos ao luxo de todo o tipo de défices federais no que toca à guerra. Mas temos de prometer não aumentar o défice em mais um milhão para a reforma da saúde? Triste”. O tom da mensagem de Raju Narisetti, editor do “Washington Post” foi alvo de uma advertência por parte do provedor, Andrew Alexander, depois de leitores terem acusado o jornalista de estar a ser parcial, tomando um dos lados numa questão política muito delicada, conta o site “Editors Weblog”.Narisetti invoca que usou a sua conta de Twitter pessoal e que aquela é uma opinião pessoal para cerca de 90 amigos. Mas acabou por reconhecer, numa explicação ao provedor que foi uma atitude impensada e que agora percebe que talvez tenha condicionado a credibilidade do seu trabalho como editor do jornal. E até deixou de “twittar”.No dia a seguir Milton Coleman, editor sénior, escreveu aquilo que afirma serem as regras básicas para o uso do Twitter pelos jornalistas do “Washington Post”. Regra número 1: Devemos sempre lembrar-nos que os jornalistas do ‘Washington Post’ são sempre jornalistas do ‘Washington Post’ e que têm de saber abdicar dos seus privilégios de cidadãos privados quando é preciso”.Esta reflexão do “Washington Post” sobre o Twitter não é a primeira entre os media. O siste de partilha em tempo real de mensagens, hoje encarado como uma ferramenta de divulgação de informação e, principalmente fonte de informação para muitos jornalistas, já foi também culpado por alguns dissabores noutras redacções pelo mundo. E muitas delas, como a prestigiada “BBC” em 2008 ou o “Wall Street Journal”, em Maio passado, estabeleceram mesmo também um conjunto de regras a respeitar pelos jornalistas quando usam o Twitter. As regras têm as suas particularidades, conforme o órgão em causa, mas todas levantam o sinal de proibido a comentários de cariz racista, opinativo, político, sexista, religioso, etc...".
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