Texto da jornalista do DN de Lisboa, Rita Carvalho, recentemente publicado: "No próximo ano lectivo haverá mais 50 mil vagas nos cursos profissionais do ensino secundário. A aposta do Governo na formação técnica, que dá equivalência ao 12º ano e permite ingressar directamente no mercado de trabalho, abrange este ano os 95 mil alunos. Informática, energia e electricidade, área social e turismo e lazer são as áreas onde os jovens a partir do 9º ano poderão encontrar mais vagas nas escolas profissionais e nos estabelecimentos de ensino.No total, a via profissionalizante passará a acolher 130 mil alunos, um número próximo do traçado para o segmento jovem do programa Novas Oportunidades. Em 2010, o Governo quer que metade dos jovens a frequentar o ensino secundário tenham optado por esta vertente de estudo mais vocacionada para o mercado. Além dos 95 cursos profissionais de três anos - que correspondem a 132 saídas para o mercado de trabalho e se destinam a quem quer finalizar o secundário com uma certificação profissional -, há ainda quatro mil alunos inscritos nos cursos de Educação e Formação (CEF), que são mais destinados a jovens em risco de abandono escolar, e 18 mil nos cursos de aprendizagem. No último ano, e prestes a serem extintos, estão os antigos cursos tecnológicos, frequentados ainda por 15 mil estudantes".
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Desinteresse dos alunos impediu abertura de muitos cursos profissionais no Secundário
Texto de uma notícia distribuída em Outubro de 2006 pela agência de notícias Lusa: "Dezenas de cursos profissionais em escolas secundárias públicas de todo o país não abriram este ano lectivo por falta de alunos, disseram à Lusa presidentes de conselhos executivos de vários estabelecimentos de ensino.Em Maio, o Governo anunciou a criação de 450 cursos profissionais em 180 escolas secundárias, um número que permitia sextuplicar a oferta existente, que até este ano lectivo se concentrava na sua quase totalidade em estabelecimentos privados.O Executivo socialista pretende que cerca de metade dos alunos do ensino secundário optem por cursos técnico-profissionais até ao final da legislatura, à semelhança do que acontece na maioria dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).No entanto, dos 130 cursos profissionais que deveriam ter começado em 32 escolas secundárias contactadas pela Lusa, de Norte a Sul do país, só 80 estão a funcionar, uma vez que os restantes não tiveram alunos suficientes.A falta de inscrições verificou-se sobretudo na região da Grande Lisboa, Alentejo e Algarve, impedindo a abertura de um total de 50 cursos profissionais, só entre as escolas contactadas.Na escola secundária Maria Amélia Vaz de Carvalho, em Lisboa, por exemplo, nenhum dos seis cursos oferecidos está a funcionar, segundo a vice-presidente do Conselho Executivo, Amélia Vasconcelos. "Só houve duas inscrições para o curso de bibliotecário e para os outros não houve sequer um aluno interessado. Continua a existir uma mentalidade muito enraizada por parte dos pais, que consideram estes cursos menores", afirmou".
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