quarta-feira, agosto 27, 2008

Aviação: milhões renascem a Alitália?

Tudo indica que sim. Segundo o Diário Económico, num texto da jornalista Márcia Galrão, "a Alitalia, transportadora de bandeira italiana em grave situação financeira, deverá iniciar na sexta-feira um processo de falência, abrindo as portas à constituição da “Nova Alitalia” controlada por cerca de doze investidores italianos. A “Operação Phoenix”, como tem sido designado o plano para salvar a Alitalia, deverá estar concluído esta semana, segundo avança hoje o “Financial Times”. O plano, desenhado pelo banco Intesa Sanpolo, passa também pela fusão com a AirOne, o rival doméstico da companhia.O proprietário da fabricante de motas Piaggio, Roberto Colaninno, é o maior investidor e é indicado como o provável novo presidente da Alitalia, segundo o diário “Il Sole 24 Ore”. Ao todo, Colaninno deverá injectar na empresa cerca de 200 milhões de euros no projecto. O investimento feito por dez empresários italianos totalizará mil milhões, a quem se irá juntar ainda o banco italiano Mediobanca e os bancos estrangeiros Morgan Stanley e Nomura. No grupo de empresários disponíveis para salvar a Alitalia contam-se ainda a Atlantia, da família Benetton, Gianluigi Aponte, o grupo siderúrgico Riva, a seguradora Fondiaria-Sai, a financeira Finfim, de Marco Fossati, e os fundos de investimento Equinox e Clessidra.Quanto à AirOne, que se irá fundir na nova empresa, o presidente Carlo Toto garantiu um investimento de 100 milhões, mas o seu papel na futura transportadora encontra-se por definir.A nova Alitalia deverá nascer da nova lei de falência que a equipa de Berlusconi está a preparar, alterando a lei Marzono, desenhada em 2003 para a Parmalat. A reforma da lei deverá ser aprovada amanhã na reunião do conselho de ministros italiano, o que permitirá colocar o plano de recuperação em marcha logo na sexta-feira. No primeiro semestre do ano, a expectativa é de que a Alitalia tenha perdido 400 milhões. Mas o consórcio que irá comprar as partes em funcionamento da empresa, deverá deixar por liquidar as dívidas na ordem dos 1,1 mil milhões de euros. O problema do endividamento, bem como o de excesso de pessoal terão que ser posteriormente resolvidos pelo executivo de Berlusconi. Segundo o FT, também ainda não é claro quanto é que o governo irá receber pelos 49,9% que detém na transportadora".

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