Só 3,9% dos desempregados portugueses conseguem encontrar emprego mensalmente. Nos primeiros trinta dias após ficarem sem trabalho, a percentagem é de 7,1% mas diminui quase 1,5 pontos por cada mês que passa. Estas são as conclusões de um estudo publicado na semana passada pela Reserva Federal de Nova Iorque, que coloca Portugal como o terceiro país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) onde é mais difícil sair do desemprego. Em piores condições, num conjunto de 32 países analisados, surgem apenas a Itália e a Bélgica com, respectivamente, 2,6% e 3,5%. O mercado de trabalho mais flexível é o norte-americano onde, todos os meses, mais de metade dos desempregados conseguem voltar a trabalhar (56,3%). No primeiro mês são cerca de três quartos a fazê-lo. Olivier Blanchard, professor de Economia no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e actual conselheiro do Presidente francês, justifica esta situação com a elevada protecção do emprego em Portugal. O economista, que já por várias vezes estudou o caso português, acrescenta mesmo que o subsídio de desemprego não é “anormalmente elevado em Portugal”. (fonte: Expresso)
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