A crise no sector é dura, ainda nem sequer acabou, começou muito
antes da pandemia, foi desvalorizada, diria mesmo deliberadamente ignorada - há
muitos outros casos por enquanto muito bem camuflados, até um dia em que a
"tampa salta"... - pelo que espremido o Sindicato nada vai conseguir
nada de útil. Tanto mais que este grupo de comunicação social há muito que está em dificuldade. Quanto à
realidade basta ver a "depuração" havida nas redações, a precariedade
salarial e laboral, a falta de estabilidade profissional, a manipulação, o
condicionamento de muitos meios de comunicação social, frequentemente
denunciado, e atribuído a factores exógenos que não controlam (e que não
são relacionados apenas com a política, bem pelo contrário...).
Hoje a comunicação social é cada vez
mais apenas e sõ comunicação televisiva. Mas a realidade é que até as empresas
de televisão em Portugal estão no vermelho, sem receitas, com encargos
financeiros significativos, etc, etc. Uma realidade que a pandemia agravou e
que nem a "esmola" do governo de Costa de 15 milhões de euros em
publicidade comprada antecipadamente - decisão que depois mergulhou na habitual
teia burocrática do costume, que nada concretiza, apenas adia - resolveu. Por
isso, duvido que esta intenção de despedimentos - que temo vá continuar com
outras empresas - possa ser travada com meros comunicados sindicais. E comunicação
social não são apenas os meios de comunicação social ditos de expressão
nacional (que já não existe mais). Há a comunicação social regional cujos
problemas são bem maiores e se multiplicam não sei quantas vezes (LFM)
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