O novo
coronavírus pode deixar sequelas mesmo nos doentes mais novos e saudáveis pelo
menos quatro meses após a infeção inicial e mais de metade (cerca de 70%) dos
pacientes que sofrem de ‘covid-19 prolongada’ apresentam sequelas em um ou mais
órgãos, de acordo com um estudo da University College London.
Alguns
dos ‘efeitos secundários’ da covid-19 são cansaço, falta de ar, danos em órgãos
vitais, fraqueza e atrofia muscular, distúrbios psicológicos, neurológicos ou
cognitivos. Tratam-se de sequelas sentidas por pessoas que já recuperaram da
doença.
O
estudo em causa, que analisou 500 pacientes que estiveram hospitalizados,
constatou que a maioria (cerca de 70%) apresentavam uma sequela em um ou mais
órgãos meses, após a infeção. Os pulmões são o órgão que apresentava mais
danos: cerca de 60% relataram sequelas. Além disso, 29% dos inquiridos
apresentaram sequelas nos rins, 26% no coração e ainda 10% no fígado.
Estes
efeitos inserem-se na ‘covid-19 prolongada’, que se refere a um quadro de
sintomas continuados após a infeção pelo novo coronavírus. Os mais comuns são
fadiga/ cansaço, falta de ar, dores e ainda ‘nevoeiro cerebral’ (dificuldade em
pensar de forma clara). É uma condição que começa a ser reportada por cada vez
mais pessoas que foram infetadas.
O
estudo britânico apurou ainda que, em alguns casos, havia uma correlação entre
os sintomas e o local/ órgão afetado pelas sequelas. Por exemplo, problemas
cardíacos ou pulmonares correlacionados com falta de ar, enquanto problemas de
fígado ou pâncreas foram associados a sintomas gastrointestinais.
Recentemente, além dos sintomas já relatados nos casos de ‘covid-19 prolongada’, surgiram outros relatos de pessoas que tiveram problemas dentários, tal como perda de dentes. No entanto, ainda não há provas rigorosas de que a infeção possa levar a este tipo de problemas (Executive Digest, texto da jornalista Mara Tribuna)
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