terça-feira, junho 02, 2020

Sondagem: 50% dos portugueses vão fazer férias cá dentro ainda neste verão

A maioria dos portugueses está a evitar fazer planos ou marcações de férias a longo prazo, devido à pandemia de covid-19. As reservas já estavam feitas (77% não chegaram a cancelar) ou são feitas mais em cima da hora. É certo que metade vai passar este verão em território nacional. Viagens para fora, dizem 55%, só em 2021.  Dos 25% que tinham planeado viajar para fazer férias no estrangeiro, só 2% mantêm a intenção, revela a sondagem da Pitagórica para o JN. Aliás, enquanto não houver vacina ou tratamento eficaz para a covid-19, 73% dos inquiridos consideram pouco provável viajar para fora do país. Como seria de esperar, só os mais jovens, entre os 18 e os 24 anos, admitem que vão de certeza ou muito provavelmente viajar (24%), o que contrasta com os maiores de 55 anos (só 7%).

FÉRIAS ADIADAS
Desde que a pandemia assolou o país, diminuíram, de 46% para 31%, os portugueses que planeiam fazer uma parte das férias em Portugal. Um terço dos inquiridos considera que viajar para fazer férias, mesmo cá dentro, só irá acontecer no próximo ano (48% para os que vivem no Sul). Antes da pandemia, só 8% planeavam fazer férias na região onde moram, sem sair de casa, agora 37% pensa fazê-lo. O que é pior: 25% não vão ter férias, um valor que era apenas de 11% antes da pandemia.
Apesar de 40% acharem que a praia é um local pouco seguro, só 27% consideram provável trocá-la pelo campo neste verão. A tendência é maior na faixa etária entre os 25 e os 34 anos (40%) e menor acima dos 65 (37% não troca).
Um em cada cinco portugueses vai levar máscara para a praia ou piscina. Quase tantos como os que, à cautela, não vão frequentar a praia ou bares e restaurantes. Um em cada três riscou a piscina dos planos de férias. A higienização e desinfeção das mãos é a medida preventiva mais popular relativa a cuidados em férias (73%).
Pormenores
Norte com mais perda - A covid-19 diminuiu mais o rendimento das famílias no último mês no Norte (49%) e no Grande Porto (41%), ainda que a maioria (48% e 51%, respetivamente) tenha mantido rendimento.
Poucas melhorias - O rendimento de 75% das famílias deverá manter-se no próximo mês, especialmente entre os maiores de 55. Só 11% espera ver o rendimento aumentar e o mesmo número vai ter mais perda (Jornal de Notícias, texto da jornalista Erika Nunes)

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