A região administrativa do Sul da Dinamarca enviou uma
carta a 25 mil colaboradores onde ameaça despedir aqueles que viagem para
países desaconselhados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros dinamarquês,
nos quais se inclui Portugal, avança a imprensa local. Contactado pelo jornal “JydskeVestkysten”, o director
de recursos humanos da região administrativa do Sul da Dinamarca, Lene
Borregaard, explicou que a carta serve para que os colaboradores não tenham
«surpresas desagradáveis» no regresso ao trabalho.
Por outro lado, John Christiansen, do Conselho Dinamarquês
de Enfermagem, defendeu que a carta é uma medida «exagerada». «As directrizes
mudam a qualquer momento e é complexo», constatou, apelando a «mais orientação
do que ameaças». Recorde-se que o Governo daquele país desaconselha
viagens para países com uma média de pelo menos 20 novos casos de infecção pelo
novo coronavírus por 100 mil habitantes na semana anterior à data da viagem.
A Dinamarca vai reabrir as suas fronteiras aos países
da União Europeia (UE), que registem um baixo número de infecções pelo novo
coronavírus, a partir deste sábado, dia 27 de Junho. No entanto, considera que
Portugal e a Suécia ainda não cumprem os requisitos necessários para que as
fronteiras sejam reabertas.
Para já, o país nórdico reabriu as suas fronteiras com
alguns países como é o caso da Islândia, Alemanha e Noruega. O Governo do país sublinha ainda que os
turistas só poderão entrar desde que reservem pelo menos seis noites de
alojamento.
Em resposta a esta medida, o Ministério dos Negócios
Estrangeiros português disse, no passado dia 19 de Junho, que o Governo de
Lisboa «reserva-se o direito de aplicar o princípio da reciprocidade»,
lamentando que países como a Dinamarca apenas tomem em conta o critério dos
casos de infectados por número de habitantes, esquecendo outros indicadores
importantes.
Na altura, em declarações à “Lusa”, o embaixador da
Dinamarca em Portugal, Lars Faaborg-Andersen, disse que espera que os níveis de
contágio em Portugal desçam até ao próximo dia 27, fazendo com que
automaticamente a exclusão deste país da abertura de fronteiras seja revertida.
«A Dinamarca está a fazer a monitorização todas as semanas. Basta que Portugal
desça um pouco do actual rácio, para que passe a ficar no lote dos restantes
países europeus.» (ED)
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