sábado, junho 27, 2020

Nota: estarão eles a mentir aos portugueses?

Se a ideia prioritária é combater  medo, associando essa lógica ao reforço constante das cautelas preventivas e do cumprimento das medidas sanitárias anunciadas desde o primeiro dia da chegada da pandemia a Portugal, se a ideia é frontalidade que nada tem a ver com a teimosia idiota, por exemplo, de não considerar o uso da máscara social como um primeiro passo essencial no afrontar dos riscos de contaminação com o vírus, então claramente falha o discurso oficial, falham as estratégias de comunicação, tendenciosas e longe de corresponderem à realidade, falhas essas que foram denunciadas há dias pelo ex-DGS, o prestigiado médico Constantino Sakellarides para quem não houve uma ruptura na passagem para o desconfinamento.
Suspeito que a classe política em Lisboa manipula a situação, condiciona a informação, distorce a realidade, controla os canais de comunicação, afastando especialistas, esconde factos que deviam ser divulgados, não tem a coragem de tomar medidas mais concretas, não pode andar a pintar um quadro que ainda está longe de ser colorido. Os dados mostram isso numa altura em que caminhamos, no mundo, para 10 milhões de casos de doentes contaminados.
O que se passou com a Liga dos Campeões de futebol é uma vergonha e a evolução recente, dramática e perigosa, da situação em Lisboa, devia levar os clubes europeus a recusarem a possibilidade  de jogarem na capital portuguesa caso a situação mantenha a tendência actual. Curiosamente no Norte do país, onde são quase nulos os casos, existiriam melhores condições do que em Lisboa mas a escolha da capital - a que se junta a suspeição de manipulação dos dados, o que levou Marcelo Rebelo de Sousa a referir-se várias vezes ao assunto, sem que seja levado a sério, diga-se em abono da verdade - é a demonstração da manipulação da política e das negociatas desta com o complexo e obscuro mundo do futebol, a começar pela UEFA e acabando na enigmática e milionária FPF (LFM)

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