Nas últimas semanas, alguns países, um pouco por todo o mundo, iniciaram os seus planos de desconfinamento, numa tentativa de voltar à normalidade depois da pandemia da Covid-19. Contudo, esses mesmos países estão agora a recuar, implementado novas medidas restritivas de bloqueio, na sequência do aparecimento de focos de infecção, que aumentam a possibilidade de contágio. Em Portugal, tal como anunciou ontem o primeiro-ministro, António Costa, o estado de calamidade vai vigorar nos concelhos de Lisboa. Os ajuntamentos na região voltam a ser limitados a 10 pessoas, enquanto que no resto do país são 20. Todos os estabelecimentos comerciais têm de encerrar às 20 horas no concelho da Amadora, Odivelas e em algumas freguesias de Lisboa, Sintra e Loures (à excepção dos restaurantes), e não podem ser consumidas bebidas alcoólicas na via pública, nem vendidas em áreas de serviço. Aqui ao lado, em Espanha, o município de Huelva recuou para a fase 2, na sequência da identificação de 14 infecções por Covid-19, com o governo espanhol a alertar para a possibilidade de voltar ao regime de estado de emergência, terminado a 20 de Junho, caso os surtos virais aumentem.
O mesmo acontece na Alemanha, com a identificação de 1.500 infecções numa fábrica de carnes no Estado da Renânia do Norte-Vestefália. 360 mil pessoas foram colocadas em quarentena, enquanto que bares, ginásios, cinemas, piscinas e centros desportivos em Guetersloh foram obrigados a fechar portas novamente. Restaurantes funcionam apenas em regime de take-away, piqueniques e churrascos voltam a ser proibidos e a segurança policial será reforçada para evitar ao máximo os contágios, numa altura em que a taxa de infecção é de 2,88.
Na China o país recuou com o surgimento de um foco de infecção em Pequim, classificado como «extremamente grave» e que fez com que o governo aumentasse o nível de alerta, fechando escolas, proibindo voos e adoptando medidas centralizadas para travar a infecção nas áreas de maior risco, nomeadamente a quarentena obrigatória. O país registou 22 novos casos de infecção, nas últimas 24 horas, 13 em Pequim, perfazendo um total de 359 casos activos. Na Coreia do Sul, uma nova vaga de infecções afectou o país, sobretudo a área metropolitana, levando as autoridades a lançar o alerta para longa batalha contra a doença, que possivelmente vai prolongar-se durante a época de verão. Por último, a Nova Zelândia voltou a aplicar restrições nas fronteiras, na sequência de ter registado um ressurgimento de novos casos da doença na semana passada, depois de ter referido que a infecção estava totalmente erradicada no país (Executive Digest, texto da jornalista Simone Silva)
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