sábado, maio 02, 2020

Nota: tudo depende de nós

Nós estamos reféns de duas esperanças:
- em primeiro lugar da descoberta de uma vacina - dizem que mais de uma centena de experiências estarão em curso em todo o mundo neste momento - que tarda, porque estamos a falar de um processo moroso, cientificamente rigoroso e que não admite dúvidas ou decisões apressadas, não assentes em constatações inequívocas.
Em segundo lugar estamos dependentes de algo não menos importante, o nosso comportamento, da nossa responsabilidade individual e colectiva, da necessidade - e admito que isso não seja fácil - das pessoas interiorizarem que não podem descurar os cuidados e as cautelas mantidas até hoje, que precisam de respeitar e de cumprir as regras elementares de higiene (falo de lavagem diária frequente das mãos, do uso do gel desinfectante e dos cuidados a ter quando chegam a casa), as regras de confinamento caseiro sem que, com isso, as nossas casas sejam olhadas como uma prisão, mas sim como um fortim de defesa das nossas famílias contra um inimigo invisível, perigoso e que avança rapidamente e de forma traiçoeira à custa da nossa incúria cúmplice. Ou seja, saindo apenas quando for necessário, adoptando rigorosas regras de distanciamento social e de protecção pessoal, neste caso, usando a máscara sanitária sempre que estiver em locais de grande concentração de pessoas.
Portanto, é bom que tenhamos presente se os casos da pandemia na Madeira se intensificarem - e temos que desdramatizar um eventual aumento de casos (os especialistas dizem que isso será normal devido ao desconfinamento) com o aligeirar das medidas restritivas agora anunciado – teremos como aliado o nosso Serviço Regional Saúde, por vezes tantas vezes humilhado e injustamente atacado pelos linguarudos partidários do costume, estará devidamente preparado para isso.
Se esse agravamento de descontrolar, isso significa muito simplesmente que haverá um retrocesso e as medidas restritivas serão até mais duras do que as que vigoraram em Março e em Abril.
Por isso tenho a certeza de que uma situação dessas será o pior que pode acontecer em Portugal e na Madeira porque não temos condições para mantermos a nossa economia paralisada por mais tempo. Ou seja, tudo depende da responsabilização social, da nossa capacidade de percebermos o que temos pela frente, de entendermos a importância dos desafios (defensivos e cautelares) que nos pedem.
Mas acima de tudo, termos a noção dos perigos de contaminação com este vírus e que qualquer avanço da pandemia depende sobretudo do nosso comportamento, do nosso desleixo ou do nosso empenho colectivo e individual neste combate que está longe de terminar (LFM)

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