Nós estamos reféns de duas esperanças:
- em primeiro lugar da descoberta de uma vacina -
dizem que mais de uma centena de experiências estarão em curso em todo o mundo neste
momento - que tarda, porque estamos a falar de um processo moroso, cientificamente
rigoroso e que não admite dúvidas ou decisões apressadas, não assentes em
constatações inequívocas.
Em segundo lugar estamos dependentes de algo não
menos importante, o nosso comportamento, da nossa responsabilidade individual e
colectiva, da necessidade - e admito que isso não seja fácil - das pessoas
interiorizarem que não podem descurar os cuidados e as cautelas mantidas até
hoje, que precisam de respeitar e de cumprir as regras elementares de higiene (falo
de lavagem diária frequente das mãos, do uso do gel desinfectante e dos
cuidados a ter quando chegam a casa), as regras de confinamento caseiro sem que,
com isso, as nossas casas sejam olhadas como uma prisão, mas sim como um fortim
de defesa das nossas famílias contra um inimigo invisível, perigoso e que
avança rapidamente e de forma traiçoeira à custa da nossa incúria cúmplice. Ou
seja, saindo apenas quando for necessário, adoptando rigorosas regras de
distanciamento social e de protecção pessoal, neste caso, usando a máscara
sanitária sempre que estiver em locais de grande concentração de pessoas.
Portanto, é bom que tenhamos presente se os casos
da pandemia na Madeira se intensificarem - e temos que desdramatizar um
eventual aumento de casos (os especialistas dizem que isso será normal devido
ao desconfinamento) com o aligeirar das medidas restritivas agora anunciado – teremos
como aliado o nosso Serviço Regional Saúde, por vezes tantas vezes humilhado e injustamente
atacado pelos linguarudos partidários do costume, estará devidamente preparado
para isso.
Se esse agravamento de descontrolar, isso
significa muito simplesmente que haverá um retrocesso e as medidas restritivas serão
até mais duras do que as que vigoraram em Março e em Abril.
Por isso tenho a certeza de que uma situação
dessas será o pior que pode acontecer em Portugal e na Madeira porque não temos
condições para mantermos a nossa economia paralisada por mais tempo. Ou seja, tudo
depende da responsabilização social, da nossa capacidade de percebermos o que
temos pela frente, de entendermos a importância dos desafios (defensivos e
cautelares) que nos pedem.
Mas acima de tudo, termos a noção dos perigos de
contaminação com este vírus e que qualquer avanço da pandemia depende sobretudo
do nosso comportamento, do nosso desleixo ou do nosso empenho colectivo e
individual neste combate que está longe de terminar (LFM)
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