Na Madeira, felizmente, não temos casos novos
há vários dias - tal como os Açores – antes têm aumentado os doentes recuperados,
indicadores que não deixa de ser positivo.
Ao contrário de nós, estão as Canárias onde
tivemos até hoje 2.212 casos positivos, média de 102,72 casos por cem mil
pessoas, 149 falecimentos e 1.149 casos de doentes curados. Estamos a falar de
uma região insular vizinha com mais de 2,3 milhões de habitantes, que recebem
10 vezes mais os turistas que a Madeira recebe e que demorou muito, mesmo
muito, a tomar medidas de prevenção e de defesa, nomeadamente as adoptadas pela
Madeira em relação ao portos, marinas e aeroportos.
Os primeiros casos em Canárias surgiram entre
turistas italianos e alemães que estavam nas ilhas mais pequenas daquela região
insular, o que revela bem a falta de cautela que ali existiu.
Lembro que foi em 31 de Janeiro que o
primeiro caso de COVID-19 nas Canárias foi confirmado,
tratando-se de uma turista alemã localizada em La Gomera. A 24 de Fevereiro,
o segundo caso do país foi confirmado, tratando-se de um médico da região italiana
de Lombardia (que viria de ser uma das mais afectadas) que estava em
férias em Tenerife. Após isso, várias casos foram detectados no local,
incluindo pessoas que estiveram próximas ao médico.
Canárias
hoje está numa situação dramática em termos sociais. Acho mesmo que a pandemia
social e económica decorrente da pandemia sanitária, vai ter consequências
nefastas bem piores. Suspeito que sim. O caso já mereceu destaque na imprensa
nacional do país. Canárias depende e muito dos serviços, do turismo. Estando o
turismo fechado - os turistas estrangeiros proibidos de viajar para as Canárias
até outubro - estando os voos limitados, e com a esmagadora maioria dos hotéis,
restaurantes, cafés, bares, praias, etc, fechados, é natural que o impacto económico
de tudo isso seja imenso e possa ser perigoso para a população insular (LFM)
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