segunda-feira, maio 11, 2020

Covid-19: Serviços secretos alemães revelam pressões de Xi Jingping a líder da OMS

Um relatório dos serviços secretos alemães, a que a publicação alemã “Der Spielgel”, avança que o Presidente da China terá ligado ao director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus. No telefonema, em Janeiro, Xi Jinping pedia a Tedros que não revelasse que o vírus se transmitia entre humanos e adiasse a declaração mundial de pandemia. Porém, a OMS já veio desmentir as revelações do Bundesnachrichtendienst.
Em comunicado, a entidade referiu que os dados são «infundados e falsos». «O doutor Tedros e o Presidente Xi não falaram no dia 21 de Janeiro e nunca comunicaram por telefone», pode ler-se na mesma nota da OMS, onde a entidade reafirma que estas notícias «imprecisas distraem e prejudicam os esforços da Organização Mundial de Saúde e do mundo para acabar com a pandemia de Covid-19». «A China confirmou a transmissão de humano para humano do novo coronavírus em 20 de Janeiro», sublinha ainda.

Sete dias depois da alegada chamada, a 28 de Janeiro, o líder da OMS e o Xi Jingping reuniram em Pequim. A declaração de pandemia ocorreu no dia 11 de Março. O mesmo relatório da secreta alemã estima que, devido à política de informação seguida pela China, o mundo perdeu «quatro a seis semanas no combate ao vírus». A nível global, segundo um balanço da agência de notícias “France-Press”, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 280 mil mortos e infectou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.
As autoridades de saúde chinesas indicaram que, até às 23:59 de domingo (16:59 em Lisboa), na China, 24 pacientes receberam alta e outros quatro foram removidos com sucesso da situação, fixando o número de infectados activos em 141, entre os quais nove estão em estado grave. Desde o início da epidemia, a China registou 82.918 infectados e 4.633 mortos devido à Covid-19. Até ao momento, 78.144 pessoas tiveram alta. A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando sectores inteiros da economia mundial. Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas (Executive Digest)

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