País está melhor, mas atraso na aplicação da Lei de Enquadramento Orçamental só o torna mais vulnerável à crise. A economista Teodora Cardoso considera que o país está mais bem preparado para enfrentar a crise no plano financeiro. O problema foi o Ministério das Finanças ter apostado na gestão hipercentralizada da despesa em vez de implementar as reformas previstas na Lei de Enquadramento Orçamental (LEO) aprovada pela Assembleia da República em 2015. “Esse é o passo que Portugal ainda não deu e que agrava a sua vulnerabilidade”, diz. “Pôr termo aos adiamentos e subterfúgios que têm impedido a implementação da LEO seria decisivo”, até para “no imediato justificar o tão desejado apoio europeu. Este é de facto indispensável para minorar as fragilidades que agravam as dificuldades que resultam das crises”, diz a economista perante uma crise sem paralelo desde a Grande Depressão. “Tal implica não confundir reformas necessárias com austeridade e descartar de vez as medidas antiausteridade, que só redundam, a prazo cada vez mais curto, no agravamento dessas dificuldades”, alerta ao Expresso (Expresso)
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