sábado, fevereiro 08, 2020

Saúde: médicos madeirenses estão a ser pressionados a não renunciarem já na segunda-feira?

Os médicos que subscreveram um documento anunciando a  demissão do cargo de Directores Clínicos de 24 dos 32 serviços hospitalares existentes no Nélio Mendonça, deverão ser pressionados, "positivamente" por muitos dos seus pares e por alguns colegas continentais ligados à OM, no sentido de adiarem a sua decisão de formalizarem segunda-feira a renúncia aos cargos. Segundo a minha fonte - e obtive esta informação em Lisboa, de fonte clínica - o Bastonário da Ordem dos Médicos estará na Madeira na próxima semana e a "ponte" com os médicos em questão pretende sensibilizar a um "compasso de espera" relacionado com essa visita. Os directores de serviços demissionários deverão ter uma reunião com Miguel Guimarães, no Funchal.
O Bastonário, de acordo com a minha fonte está "preocupado" com a situação mas não afasta uma saída de compromisso que devolva a tranquilidade ao Hospital Nélio Mendonça. Curiosamente um dos motivos deste agastamento dos médicos madeirenses, segundo a minha fonte, não estará relacionado directamente com a imposição de Mário Pereira para DC (que continua a ser a causa principal da contestação) mas com declarações proferidas recentemente pelo presidente do Governo Regional sobre este processo, que "caíram muito mal" entre os clínicos - "não só os demissionários" - havendo mesmo quem se considere ofendido pelas mesmas.
A minha fonte garante que este fim-de-semana poderá ser decisivo para que os referidos médicos madeirenses adiem por alguns dias a sua anunciada intenção de renúncia - e negam que o titular da Saúde tenha legalmente poder para recusar as demissões - até que tenham uma reunião com Miguel Guimarães que a minha fonte garante "não hesitará em tomar as medidas que forem necessárias se não for garantida a estabilidade e competência de liderança dos serviços clínicos hospitalares".
Confirma-se que até a sua deslocação à Madeira e a reuniões de trabalho a ter no Funchal, Miguel Guimarães não tomará nenhuma posição pública sobre o tema, o que não impede, caso seja necessário, que a Ordem dos Médicos, enquanto tal, possa ser chamada a algum envolvimento neste processo (LFM)

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