quarta-feira, fevereiro 19, 2020

Nota: as razões de PPC

Estive sempre contra as opções de Passos Coelho no seu fundamentalismo político e social de querer ser mais do que a troika exigia nos tempos da crise e da falência deixada pior Sócrates e pelos socialistas. Aliás a minha esperança é que um dia se conheça a correspondência trocada na crise de 2011 entre o governo da coligação PSD de Passos e CDS de Portas e os elementos e as instituições da troika, para percebermos o que se passou. Acho que Passos assumidamente sacrificou as pessoas e cometeu um erro grave, de palmatória, o de ter deixado ao PS a possibilidade de fazer os brilharetes governativas e eleitorais que agora faz, ao mesmo tempo que atirou PSD e CDS para penosas travessias do deserto das quais ainda não saíram. Eu sei: o que era mais importante? Sair da crise ou fazer política baixa? Mas para sairmos da crise existiam várias opções caso o fundamentalismo liberal do PSD de Passos assumidamente não desse prioridade a outras matérias que não as pessoas. Isso nem se discute. Mas a gestão política desse tempo, sacrificando pessoas, castigando sobretudo os mais pobres e carenciados, mas garantindo milhares de milhões aos bancos para tapar os buracos dos corruptos, abusando das PPP que encheram os bolsos e a pança a uma casta restrita de mamões e gatunos, tudo isso acabou por ser uma mancha negra. Mas acho que as duas últimas intervenções de PPC deixaram pontos de reflexão interessantes, num tempo novo, apesar de eu desconhecer o que pensarão ainda os portugueses desses tenebrosos tempos da troika e do governo de coligação PSD-CDS a ela associado (LFM)

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