O período de detenção dos suspeitos
envolvidos na tentativa de golpe de Estado pode prolongar-se por mais de 30 dias.
As autoridades turcas emitiram mandados de detenção de 42 jornalistas no âmbito
das investigações do golpe de Estado falhado deste mês, noticiaram esta
segunda-feira os canais de televisão NTV e CNN-Turk. Entre os visados está o jornalista Nazli
Ilicak, que foi despedido em 2013 do jornal pró-governamental Sabah, depois de
ter criticado ministros apanhados num caso de corrupção, ainda segundo as duas
televisões. Um decreto-lei sobre o estado de emergência
publicado no sábado na Turquia refere que o período de detenção dos suspeitos
envolvidos na tentativa falhada do golpe de Estado de 15 de julho pode
prolongar-se até 30 dias.
Na sexta-feira, o ministro da Justiça turco,
Bekir Bozdag, admitiu estender por mais tempo o estado de emergência decretado na
quarta-feira por três meses. O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan,
afirmou, também na sexta-feira, que 11 mil pessoas foram detidas devido a
ligações com o golpe de Estado, que provocou 265 mortos. O decreto-lei também dissolve milhares de
estruturas e instituições, incluindo organizações ligadas à educação e
relacionados com Fetullah Gülen, o clérigo muçulmano turco que vive nos Estados
Unidos e que Ergogan acusa de ser responsável pela tentativa de golpe.
A organização de defesa dos direitos humanos
Amnistia Internacional afirmou no domingo que reuniu "provas
credíveis" atestando casos de tortura de presos nos centros de detenção na
Turquia, após a tentativa de golpe de Estado (Expresso)
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