domingo, setembro 14, 2014

Políticos compram seguidores no Twitter por 120 euros



Li no Jornal I o seguinte texto que transcrevo com a devida vénia: “Segundo denunciavam os internautas, o expediente de criar contas “zombie” foi realizado, pela equipa de redes sociais do Partido Popular, para impedir que este fosse ultrapassado, em número de seguidores, pelo líder do Podemos, Pablo Iglésias O escândalo rebentou na vizinha Espanha, na sexta passada quando os utilizadores do Twitter descobriram um facto insólito: o perfil nesta rede social do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, tinha aumentado num só dia cerca de 60 mil seguidores. Esses novos admiradores de Rajoy tinham como imagem comum a do ovo -figura que o Twitter põe por defeito quando é criada uma conta nova, nenhuma informação no perfil, e muitos tinham nomes árabes. Segundo denunciavam os internautas, o expediente de criar contas “zombie” foi realizado, pela equipa de redes sociais do Partido Popular, para impedir que este fosse ultrapassado, em número de seguidores, pelo líder do Podemos, Pablo Iglésias. A equipa de comunicação do partido do governo desmentiu o facto e, a vice-presidente do PP, Soraya Saéns Santamaria, veio dizer, num comentário a perguntas do “Publico” espanhol, que se tratava de “uma questão alheia” ao partido.
Segundo Paco Viudes, especialista em medias sociais, consultado pelo diário espanhol, “a prática de comprar seguidores falsos é corrente nas redes sociais, que vivem da publicidade, sendo-lhes indiferente que haja usurários falsos”. A utilização das redes sociais como forma de comunicação política tem sido uma aposta dos principais líderes partidários em quase todo o mundo. A maior parte dos políticos prefere divulgar uma mensagem através do Facebook ou Twitter do que emitir um comunicado ou realizar uma conferência de imprensa. A transmissão da mensagem política pode ser realizada através de comícios e das páginas nas redes sociais. Embora o número de likes numa página pessoal seja importante, o deputado do PSD, Duarte Marques, garantiu ao i que “a popularidade não se mede por isso”. Na opinião do parlamentar da maioria ainda “é mais importante ter pessoas nos comícios”.
O deputado laranja à Assembleia da República considera “fundamental” o uso das redes sociais na divulgação da mensagem política porque permite “conectar com pessoas seguem o meu trabalho”, sendo que para o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho é uma ferramenta “útil”. Paradoxalmente, a página do chefe de governo não é actualizada há quase dois anos. Duarte Marques entende que “as redes sociais vieram aproximar o eleitor do representante”, uma vez que “há um maior equilíbrio social ao nível do acesso à informação”. Na internet existem vários website que têm como função vender seguidores. O “How do i get followers.net” e o “buy1000followers.com” são dois exemplos em que o consumidor pode gastar o seu dinheiro caso pretenda engordar o aspecto da sua página. Quem quiser ter mais 50 mil seguidores necessita de desembolsar uma verba a rondar os 114 euros (147 dólares), mas também poderá adquirir 500 mil fãs zombies por 387 euros (500 dólares)”