Li no Jornal I o seguinte texto que transcrevo
com a devida vénia: “Segundo denunciavam os internautas, o expediente de criar
contas “zombie” foi realizado, pela equipa de redes sociais do Partido Popular,
para impedir que este fosse ultrapassado, em número de seguidores, pelo líder
do Podemos, Pablo Iglésias O escândalo rebentou na vizinha Espanha, na sexta
passada quando os utilizadores do Twitter descobriram um facto insólito: o
perfil nesta rede social do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, tinha
aumentado num só dia cerca de 60 mil seguidores. Esses novos admiradores de
Rajoy tinham como imagem comum a do ovo -figura que o Twitter põe por defeito
quando é criada uma conta nova, nenhuma informação no perfil, e muitos tinham
nomes árabes. Segundo denunciavam os internautas, o expediente de criar contas
“zombie” foi realizado, pela equipa de redes sociais do Partido Popular, para
impedir que este fosse ultrapassado, em número de seguidores, pelo líder do
Podemos, Pablo Iglésias. A equipa de comunicação do partido do governo
desmentiu o facto e, a vice-presidente do PP, Soraya Saéns Santamaria, veio
dizer, num comentário a perguntas do “Publico” espanhol, que se tratava de “uma
questão alheia” ao partido.
Segundo Paco Viudes, especialista em medias
sociais, consultado pelo diário espanhol, “a prática de comprar seguidores
falsos é corrente nas redes sociais, que vivem da publicidade, sendo-lhes
indiferente que haja usurários falsos”. A utilização das redes sociais como
forma de comunicação política tem sido uma aposta dos principais líderes
partidários em quase todo o mundo. A maior parte dos políticos prefere divulgar
uma mensagem através do Facebook ou Twitter do que emitir um comunicado ou
realizar uma conferência de imprensa. A transmissão da mensagem política pode
ser realizada através de comícios e das páginas nas redes sociais. Embora o
número de likes numa página pessoal seja importante, o deputado do PSD, Duarte
Marques, garantiu ao i que “a popularidade não se mede por isso”. Na opinião do
parlamentar da maioria ainda “é mais importante ter pessoas nos comícios”.
O deputado laranja à Assembleia da República
considera “fundamental” o uso das redes sociais na divulgação da mensagem
política porque permite “conectar com pessoas seguem o meu trabalho”, sendo que
para o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho é uma ferramenta “útil”.
Paradoxalmente, a página do chefe de governo não é actualizada há quase dois
anos. Duarte Marques entende que “as redes sociais vieram aproximar o eleitor
do representante”, uma vez que “há um maior equilíbrio social ao nível do
acesso à informação”. Na internet existem vários website que têm como função
vender seguidores. O “How do i get followers.net” e o “buy1000followers.com”
são dois exemplos em que o consumidor pode gastar o seu dinheiro caso pretenda
engordar o aspecto da sua página. Quem quiser ter mais 50 mil seguidores
necessita de desembolsar uma verba a rondar os 114 euros (147 dólares), mas
também poderá adquirir 500 mil fãs zombies por 387 euros (500 dólares)”