quinta-feira, setembro 18, 2014

Ébola: Human Rights Watch denuncia atentados contra a imprensa sob pretexto da crise



Li no Jornal I que "a organização de direitos humanos Human Rights Watch afirma que a luta contra o Ébola na Libéria está a servir de pretexto a uma escalada da repressão sobre a imprensa, com relatos de fechos de jornais e detenções de jornalistas. A Human Rights Watch apela aos países mais afetados pelo vírus - Libéria, Guiné-Conacri e Serra Leoa - que garantam o respeito pelos direitos humanos e transparência. "Numa altura em que temos um enorme surto de Ébola, acreditamos que o Governo e as pessoas têm de trabalhar juntas para encontrar uma solução", disse Abdullai Kamara, presidente do sindicato dos jornalistas da Libéria. "Infelizmente, como consequência desta situação, os meios de comunicação têm sido vítimas das ações do Governo", afirmou. Segundo Abdullai Kamara, o estado de emergência anunciado a 06 de agosto tem sido usado erradamente como um "álibi para reprimir os direitos dos meios de comunicação". No início do mês, o sindicato escreveu ao ministro da Justiça, demonstrando o seu desagrado com o encerramento do jornal "National Chronicle" e os interrogatórios e recolha de impressões digitais da editora do jornal "Women Voices", a propósito de um artigo sobre alegada corrupção entre as forças policiais responsáveis pela prevenção do Ébola. O sindicato queixou-se também das buscas da polícia à redação do jornal "FrontPage Africa". A carta expressava também o desagrado com o facto de os jornalistas não terem recebido uma exceção ao recolher obrigatório noturno, impedindo-os de relatar a crise"