terça-feira, setembro 16, 2014

CEO da Ryanair: "Em três anos esperamos superar a TAP"



Li no DinheiroVivo que “o CEO da Ryanair, Michael O'Leary, acredita qua a TAP vai ficar mais pequena quando for privatizada e que isso vai ser benéfico para a companhia irlandesa, permitindo mesmo ultrapassar a companhia portuguesa em três anos. "Ninguém acredita que a TAP vai crescer e quando for privatizada vai ficar mais pequena antes de começar a crescer de novo e deve ser por isso que o Governo tem atrasado o processo", disse numa apresentação em Lisboa esta manhã. E acrescenta: "A TAP é uma óptima companhia, mas não é o futuro". Aliás, para Michael O'Leary a privatização da TAP é, aliás, benéfica para a Ryanair, para outras companhias aéreas e até para o aeroporto de Lisboa que irá crescer mais depressa. Até porque, repara, têm sido os preços altos da TAP que têm atrasado o crescimento do aeroporto e até do turismo de Lisboa e Portugal.
"O aeroporto de Lisboa tem potencial para ter mais tráfego - tem capacidade para atingir os 20 a 25 milhões de passageiros - e tem capacidade para o turismo crescer e para substituir Barcelona como destino turístico, mas isso tem sido impedido pelas tarifas altas da TAP. E se a TAP ficar mais pequena depois da privatização ainda mais fácil será para as outras companhias crescerem", disse. É por isso que O'Leary estima crescer rapidamente em Portugal. "Hoje temos seis milhões de passageiros em Portugal e a TAP tem 10,5 milhões. Em três anos, esperamos crescer para 12 milhões de passageiros e superar a TAP", assegura. Aliás, a companhia irlandesa está a fazer por isso e vai lançar já cinco novas rotas a partir de Lisboa, que começam a operar em outubro e novembro e mais outra a partir de abril, ou seja, no arranque do verão IATA, passando assim a ter um total de 16 rotas em Portugal. Vai ainda reforçar quatro das atuais rotas e alocar dois novos aviões às operações portuguesas. No entanto, O'Leary está a contar com um modelo de taxas aeroportuárias diferente daquele que existe hoje nos aeroportos nacionais e que é praticado pela francesa Vinci, que ganhou a privatização da ANA, a gestora dos aeroportos. Atualmente, as taxas podem subir mesmo que o tráfego cresça, porque serão as taxas a pagar a operação, mas o CEO da Ryanair acredita que os valores vão ter de descer. "Quando a Vinci comprou o aeroporto esperávamos que as taxas começassem a descer, o que ainda não aconteceu, mas as taxas vão ter de descer. Esse tipo de comunismo vai acabar. Só na Coreia do Norte é que as taxas sobem quando o tráfego sobe", comentou. E garante que estão em conversações com a Vinci. "Queremos crescer muito depressa e por isso as taxas têm de descer. Em todo o lado há descontos nas taxas para as companhias aéreas que querem crescer e t emos falado disso com a Vinci".