Li no DinheiroVivo que “o CEO da Ryanair, Michael O'Leary, acredita qua a TAP vai ficar mais
pequena quando for privatizada e que isso vai ser benéfico para a companhia
irlandesa, permitindo mesmo ultrapassar a companhia portuguesa em três anos. "Ninguém
acredita que a TAP vai crescer e quando for privatizada vai ficar mais pequena
antes de começar a crescer de novo e deve ser por isso que o Governo tem
atrasado o processo", disse numa apresentação em Lisboa esta manhã. E
acrescenta: "A TAP é uma óptima companhia, mas não é o futuro". Aliás,
para Michael O'Leary a privatização da TAP é, aliás, benéfica para a Ryanair,
para outras companhias aéreas e até para o aeroporto de Lisboa que irá crescer
mais depressa. Até porque, repara, têm sido os preços altos da TAP que têm
atrasado o crescimento do aeroporto e até do turismo de Lisboa e Portugal.
"O aeroporto
de Lisboa tem potencial para ter mais tráfego - tem capacidade para atingir os
20 a 25 milhões de passageiros - e tem capacidade para o turismo crescer e para
substituir Barcelona como destino turístico, mas isso tem sido impedido pelas
tarifas altas da TAP. E se a TAP ficar mais pequena depois da privatização
ainda mais fácil será para as outras companhias crescerem", disse. É por
isso que O'Leary estima crescer rapidamente em Portugal. "Hoje temos seis
milhões de passageiros em Portugal e a TAP tem 10,5 milhões. Em três anos,
esperamos crescer para 12 milhões de passageiros e superar a TAP",
assegura. Aliás, a companhia irlandesa está a fazer por isso e vai lançar já
cinco novas rotas a partir de Lisboa, que começam a operar em outubro e
novembro e mais outra a partir de abril, ou seja, no arranque do verão IATA,
passando assim a ter um total de 16 rotas em Portugal. Vai ainda reforçar
quatro das atuais rotas e alocar dois novos aviões às operações portuguesas. No
entanto, O'Leary está a contar com um modelo de taxas aeroportuárias diferente
daquele que existe hoje nos aeroportos nacionais e que é praticado pela
francesa Vinci, que ganhou a privatização da ANA, a gestora dos aeroportos.
Atualmente, as taxas podem subir mesmo que o tráfego cresça, porque serão as
taxas a pagar a operação, mas o CEO da Ryanair acredita que os valores vão ter
de descer. "Quando a Vinci comprou o aeroporto esperávamos que as taxas
começassem a descer, o que ainda não aconteceu, mas as taxas vão ter de descer.
Esse tipo de comunismo vai acabar. Só na Coreia do Norte é que as taxas sobem
quando o tráfego sobe", comentou. E garante que estão em conversações com
a Vinci. "Queremos crescer muito depressa e por isso as taxas têm de
descer. Em todo o lado há descontos nas taxas para as companhias aéreas que
querem crescer e t emos falado disso com a Vinci".