Segundo
o Observador, “uma fotografia de casamento, um mistério que demorou 13 anos a
ser resolvido. Pouco depois do ataque terrorista que derrubou as torres gémeas
em Nova Iorque, a 11 de setembro de 2001, uma fotografia chegou às mãos de
Elizabeth Stringer Keefe. A imagem, que mostra dois noivos rodeados de quatro
convidados, foi encontrada por uma amiga de Keefe no Ground Zero, semanas
depois da tragédia. No entanto, não era certo se alguma vez pertenceu, ou não,
a uma das muitas vítimas. Keefe, professora auxiliar na Universidade de Lesley,
ficou responsável pela fotografia e assumiu, à data, uma missão: descobrir os
donos do retrato e encontrar-se com eles, se possível (isto é, se estivessem
vivos). A cada dia 11 de setembro que passava, ela partilhava a imagem nas
redes sociais na esperança de que alguém a contactasse com novidades. Todos os
anos um punhado de pessoas comentava a publicação no Facebook e outras tantas
partilhavam-na no Twitter. Nada mais aconteceu, até esta sexta-feira. O Boston
Globe escreve que o “humilde projeto” de Keefe tornou-se viral na passada
quinta-feira, após a publicação anual da foto. No dia seguinte, pela tarde,
mais de 40 mil pessoas haviam interagido com a imagem e muitas ofereceram-se
para ajudar a identificar as pessoas representadas no casamento (atualmente, a
publicação conta com mais de 60 mil retweets). O sucesso da “demanda” chegou
poucas horas depois, quando a professora finalmente descobriu quem eram os protagonistas
da história. E, melhor ainda, que estavam todos vivos e de boa saúde. Fred
Mahe, um residente de Manhattan mas proveniente de Colorado, deparou-se com o
apelo online em causa e entrou em contacto com Keefe – ele era uma das pessoas
na imagem, esta que estivera até 11/9 de 2001 na sua secretária, no 77º piso do
World Trade Center.
“Eu
fui um pouco mais persistente este ano, por qualquer razão”, comentou a
académica ao jornal norte-americano, mostrando-se igualmente surpreendida com a
reação obtida nas redes sociais. Entretanto, Keefe e Mahe tiveram oportunidade
para conversar: a professora descobriu que o enlace da fotografia ocorreu em
Aspen e que alguns dos convidados eram amigos de infância do casal que,
atualmente, vive na Califórnia. A foto pode agora ser devolvida a quem sempre
pertenceu e, diz o Boston Globe, o aniversário do evento trágico terá, a partir
de então, outra conotação para Keefe (e não só)”