"A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) apresentou uma série de recomendações a serem atendidas na revisão da legislação sobre sondagens, nomeadamente a necessidade de maior rigor nos valores dos resultados e a redução da ficha técnica. A ERC nomeou uma comissão que elaborou um "Diagnóstico e Sugestões de Medidas a Adoptar" nas sondagens e inquéritos de opinião, que hoje é apresentado numa conferência de media a decorrer em Lisboa. Entre as sugestões a acatar na revisão e actualização da legislação sobre sondagens, a ERC dá uma particular atenção à ficha técnica, considerando que deve ser reduzida e objectiva. "A Ficha técnica que os órgãos de Comunicação Social são obrigados a publicar deve ser mínima, só com elementos considerados nucleares", defende o regulador, a quem caberá a divulgação da ficha técnica depositada. Também a ficha técnica objecto de depósito deve ser reduzida e estruturada de modo a facilitar a sua resposta de modo uniforme, para permitir uma fácil monitorização, defende a ERC, reclamando que haja maior exigência no seu preenchimento correcto. O regulador entende também que a responsabilidade do depósito da sondagem deve passar da empresa para o órgão de comunicação social, que deve ser criado um programa informático que faça um tratamento dos dados e ajude na monitorização, e uma formação específica para o correcto tratamento jornalístico das sondagens. Outra questão prende-se com os resultados das sondagens indicados em valores percentuais com uma decimal, o que a ERC considera dar "uma ideia de rigor que a sondagem não possui". Por isso mesmo, aconselha as empresas a indicar os valores em percentagem sem decimal e a divulgar obrigatoriamente os resultados brutos e em números inteiros. Para o organismo regulador, é ainda fundamental regulamentar o "inquérito de opinião" para que não se confunda com outras formas de pedidos de opinião, que circulam na Internet e no domínio do audiovisual, por empresas não credenciadas" (fonte: site da ERC)
Sem comentários:
Enviar um comentário