Alegadamente existirá um eixo Santa Cruz-Funchal assente no anonimato que pode estar descansado da vida: há mais de 10 anos que estou fora da política activa por muito que insistam em falar num LFM de outros tempos de outra forma de fazer e estar na política, de outra realidade eleitoral e parlamentar. Mas podem ficar ainda descansados porque as pessoas que me conhecem, familiares ou não, continuam a respeitar-me porque sabem quais são as minhas linhas vermelhas, os meus princípios e valores. Confesso que já fui tentado a cair no mesmo erro, de montar uma estrutura anónima de insulto indiscriminado, apostada apenas em dizer mal sobretudo de gente da oposição. Confesso isso. Mas rapidamente percebi que a credibilidade e o respeito nunca seria conseguido pelo que esse eventual propósito esbarrou naquilo que são as tais minhas linhas vermelhas. Uma coisa é fazer política séria, às claras, com nome, com frontalidade, outra coisa é fingir que se faz política "séria", refugiandos-nos anonimato para mais facilmente darem escoamento às suas frustrações ou inimizades pessoais. Se essa nunca foi a minha postura, se essa nunca foi a minha praia, porque razão alteraria essa atitude? Pelo ataque pessoal indiscriminado, pelo insulto, pelo vale-tudo, em vez de debater seriamente coisas sérias?! Obviamente que nunca mais pensei no assunto. Prefiro que outros o façam, porque desse modo se sentem realizados e conseguem curar as suas frustrações ou limar invejas. E outras maleitas ligadas à sua doentia personalidade.
Insisto, Rafael Fernandes devia ser uma das políticas a convocar numa audição parlamentar, condiciona e manipulada desde o primeiro momento em que foi anunciada essa intenção. E nesse quadro de manipulação e de propósitos políticos, não cabe o membro do governo que tutela a floresta regional, quiçá por ser, provavelmente, o mais político dos secretários regionais. Isso mete medo a quem? É que nem o PSD-M, presumo, a incluiu nas personalidades abrangidas pelas audições.
A minha tristeza não são os políticos, falo de autarcas, alguns dirigentes de topo e deputados de vários partidos da oposição (eventualmente com algumas insignificantes franjas de outras colorações políticas...) que alegadamente estão empenhados numa rede de comentadores anónimos que usam da tolerância que lhes é dada para insultar permanentemente adversários políticos. Lembro-me de um amigo meu, muito conhecido, ligado ao sector profissional do qual faço parte, infelizmente já falecido (se por cá andasse poderia confirmar o que digo), que várias vezes se lamentou o facto de ter dado guarida a políticos (e não só), que ele conhecia, mas que usavam do pseudónimo ou do anonimato para atacarem adversários, através do seu blogue, criando-lhe vários incómodos e edificando uma montanha que nunca mais foi controlada, salvo quando a contra-gosto, ele era obrigado a recorrer a decisões de censura para não ser veiculador do lixo que lhe mandavam com pedido de publicação sem identificação da autoria!
A minha tristeza não são, alegadamente, comentadores e tipos ligados ao sector dos media, ou que orbitam à sua volta, por estarem envolvidos também nestes esquemas bandalhos. A minha estupefacção e tristeza seria virmos um dia a constatar o envolvimento de indivíduos ligados directamente aos média, numa espécie de dupla personalidade em que uma se comporta dentro dos ditames normais de qualquer sociedade, e a outra, o reservo da medalha, a que recorre a estes expedientes sob a capa do anonimato. Isso sim, se um dia se constatasse seria triste, embora não surpreendente (LFM)
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