quinta-feira, junho 18, 2020

Pela primeira vez em dois meses há mais aviões no ar do que em terra

Nas últimas 24 horas regressaram ao ativo mais 425 aviões comerciais de passageiros a nível mundial, passando assim a estar operacionais 13.484 aviões contra 12.717 que ainda continuam estacionados em centenas de aeroportos. Pela primeira vez desde a fase mais crítica da pandemia, sensivelmente entre o final de março e o início do mês de abril, que há mais aviões a voar do que em terra. Nas últimas 24 horas, a base de dados internacional do sector da avição Cirium, identificou o regresso ao ativo de mais 425 aviões comerciais de passageiros, passando assim a estar operacionais 13.484 aviões contra 12.717 que ainda continuam estacionados em centenas de aeroportos um pouco por todo o planeta. O marco de hoje - terça-feira - assinala, desta forma, a primeira vez em dois meses em que a proporção de aeronaves estacionadas ficou abaixo dos 50%, depois de esse valor ter sido largamente excedido no final de março, quando todas as grandes companhias aéreas mundiais não tiveram outra alternativa senão parar uma grande parte ou mesmo a totalidade das respetivas frotas perante o colapso da procura gerado pela disseminação da pandemia.

EM ABRIL DOIS TERÇOS DOS AVIÕES ESTAVAM EM TERRA
O impacto da crise do coronavírus atingiu o pico em meados de abril, quando a base de dados da Cirium reportava quase dois terços dos aviões a jato de todo o mundo parados. A percentagem de aeronaves paradas nas últimas 24 horas rondou os 48,5%, com quase 13.500 aviões ativos e pouco mais de 12.700 estacionados à espera de melhores dias.
No entanto, os voos rastreados por categorias de aviões widebody (de corredor duplo) narrowbody (corredor único) ou mesmo pequenos jatos regionais estão 70% abaixo do que se registava em igual período do ano passado.
TAXAS DE UTILIZAÇÃO AINDA MUITO ABAIXO DO NORMAL
Já em matéria de horas de voo totais a quebra homóloga é de mais de três quartos, segundo os dados apurados pela Cirium, sendo de destacar que as aeronaves que agora se encontram ao serviço estão a ser utilizadas a taxas significativamente mais baixas que o normal. O número médio de horas diárias de voo em cada sete dias por aeronave é de pouco mais de seis, claramente abaixo das nove horas, em média, registadas no início de janeiro (Expresso, texto do jornalista Vítor Andrade)

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