domingo, junho 14, 2020

Nota: o que nunca esteve em causa

Acho que este sentimento nunca esteve em causa, mesmo que se reconheça que muito do sucesso conseguido se deve - mais do que à atitude, de uma maneira geral inteligente, cautelosa e séria, dos madeirenses - ao facto de sermos uma região insular o que facilitou a implementação de medidas preventivas tomadas na região - e que não foram tomadas no Continente e na Europa - as quais se reveleram decisivas na contenção da pandemia. Falta agora saber o que nos vai acontecer depois da pandemia, quando a economia caminha para uma situação caótica, caso o turismo não se impulsione.
Mas temos que ser sérios e dar mérito a quem teve, na certeza de que o Serviço Regional de Saúde, que numa fase preliminar desta pandemia se confrontou com os seus contrangimentos e limitações, em termos de pessoal e de equipamentos, resolveu depois essas dificuldades, reorganizou-se, equipou-se, reestruturou-se e julgo estar hoje com condições reforçadas e melhoradas para responder a qualquer eventual repetição do que ser passou, independentemente de da sua dimensão e pressão. Mas esta pandemia - que continua a ser um mistério desconhecido para as comunidades científica e médica - trouxe um mérito, por muito paradoxal que isso possa parecer: os políticos não podem usar a saúde como bandeira de oportunismos saloios e idiotas e os governantes não podem adoptar discursos minimalistas em relação à saúde, nem desvalorizar as estruturas de saúde e os serviços públicos de saúde dos recursos que precisam, porque quando as coisas apertam mesmo e ficam "negras", são eles que têm que responder em primeira instância porque é ele que as pessoas recorrem (LFM, sondagem do Económico-Madeira)

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