domingo, novembro 18, 2018

Vamos ser cúmplices desta Europa de merda que aos poucos vai definhando?

Quando olho para o estado desta Europa de merda, decadente, ultrapassada, incapaz de modernizar-se e de adaptar-se aos novos tempos, esta Europa enjoativa do primado do dinheiro, do défice e das dívidas, esta Europa dos interesses corporativistas transformada num covil de oportunistas e de jogos de interesses mesquinhos onde os países mais pequenos são enganados, ameaçados e esmagados pelos interesses e pelo poderio dos países maiores e mais influentes - mais influentes porque entram com mais dinheiro para o orçamento da treta que Bruxelas aprova todos os anos - e acho que sou cada vez mais não um anti-europeísta mas contra esta Europa de merda com a qual nos confrontamos. E quando e vejo cenas caricatas como estas em que o Presidente da Comissão, que deveria ser o símbolo da pujança e da esperança da Europa, não é mais que um triste, patético, decadente e miserável episódio que contrasta com tudo o que desejamos e que revela no fundo não apenas a fragilidade e a decadência de um ser humano - o que é normal e compreensível no ciclo da vida de qualquer um de nós - e o seu contraste com as exigências de um cargo como o que exerce sem perfil, rigor ético, dinâmica política e seriedade para ele (lembram-se dos fretes fiscais no Luxemburgo quando ele era primeiro-ministro?). Enquanto esta Europa for isto, uma Europa de milhões a correr para os bolsos de alguns e a encher a pança corrupta de patéticos protagonistas atirados para prateleiras douradas à espera que o tempo passe e fingindo que governam ou zelam pelos nossos interesses colectivos, nada feito. Juncker já anunciou que vai embora depois destes 5 anos. Se não fizesse seria atirado para a valeta. Mas o legado que ele deixa é uma trampa, uma perda de tempo, uma Europa a definhar uma Europa mais virada para os gatunos, os corruptos e os bancos e menos para as pessoas. A Europa vai definhar, vai continuar a  ter uma extrema-direita cada vez forte e persistente, uma Europa a ter problemas sociais e económicos mais graves e a viver permanentemente no trapézio onde os estados estão cada vez mais isolados, pensando nos seus interesses e não no colectivo europeu. Uma Europa destas, decadente, que nada tem a ver com a Europa dos fundadores, com o espírito do Tratado de Roma, com o combate às assimetrias, com o primado da solidariedade, com os valores de "um por todos, todos por um",  é uma Europa que deveria ser atirada para o caixote do lixo e apelar a uma mudança, se tiver que ser por via de uma revolução, já nas eleições europeias, uma revolução que mesmo que tivesse custos nos primeiros anos, acabaria por dar resultados, porque no fundo o que queremos todos é uma Europa da solidariedade, de valores, de princípios, de progresso e de causas, uma Europa ao serviço aos  Homens e das Mulheres, jovens ou adultos, uma Europa que recuse a manipulação do capital, a pressão dos bancos, as máfias instaladas em Bruxelas e todos os seus tentáculos corruptos de colarinho branco que miseravelmente por lá andam impunes. É essa Europa que eles querem manter precisando apenas de promover eleições de 5 em 5 anos para que o sistema sobreviva, tudo graças aos pacóvios idiotas dos europeus que sem saberem apenas mantêm um "establishment" de interesses  que precisamos derrubar e derrotar nem que seja à força. E repito, indiferente ao que depois  me possam dizer: se essa mudança não vai a bem, por via eleitoral (não acredito até porque sabemos todos que as eleições europeias são as que registam as mais elevadas taxas de abstenção suficientes para questionarmos a representatividade, não a legitimidade, dos deputados europeus eleitos e pagos principescamente para zelarem pelos interesses de cartéis de bandalhos corruptos que mantêm a Europa refém dessa enorme hipocrisia construída e mantida à sombra do Tratado de Roma), então que seja feita à força, nas ruas, com dureza e determinação (LFM)

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