quarta-feira, agosto 29, 2018

Política comunicacional: o GRM não pode perder o controlo da agenda dos assuntos por si tutelados

O GRM tem que perceber de uma vez por todas - e os assessores de imprensa estão lá para isso, não para cumprirem horários como se fossem funcionários públicos sem responsabilidades políticas acrescidas - se quer evitar problemas adicionais desnecessários que: ou toma a iniciativa e esclarece logo no início tudo o que há para esclarecer, ou limita-se a ir tardiamente a reboque dos acontecimentos, muitas vezes depois da polémica estar instalada e da dúvida, por causa dessa polémica que se foi ramificando, se generalizar. Ou seja, em tudo o que diga respeito ao  GRM só este pode comandar a agenda e estabelecer as regras de um jogo comunicacional cada vez mais importante. Não pode esperar que os média ou a oposição aproveitem decisões mais polémicas, muitas vezes distorcendo ou deturpando a realidade por falta de informação concreta, para depois vir a reboque de um processo que claramente não liderou e devia tê-lo feito.
Vem isto a propósito de um esclarecimento hoje divulgado com  a justificação de que terão sido "veiculadas algumas dúvidas na opinião pública, a propósito da contratação de serviços de assessoria financeira especializada tendentes a renegociar e a reduzir as taxas de juro de empréstimos actualmente activos". Se me permitem - e isto é apenas uma chamada de atenção para uma mudança de procedimentos - tudo o que consta desta nota devia ter sido divulgado no mesmo dia em que a notícia foi publicada pelo DN (24 de Agosto).
Estou a falar dos pagamentos a realizar a uma empresa de especialistas na tentativa de redução dos juros pagos pela RAM pelo empréstimo contraído ao abrigo do PAEF em 2011, um direito que nos assiste mas que a República nega porque esta geringonça da trampa quer ganhar dinheiro à custa dos madeirenses, castigando-os, fazendo lembrar o que Salazar nos fez depois da revolta de 4 de Abril de 1931 na Madeira.


Aliás, há semanas aconteceu uma situação semelhante com uma notícia sobre o Centro de Saúde no Porto Moniz, publicada na manha de 16 de Agosto passado mas o esclarecimento apenas chegou às redacções no início da noite desse dia, depois das redes sociais se terem encarregue de "dar cabo" do GRM, porque as redes sociais pronunciam-se a quente, sem conhecerem as versões dos dois lados de qualquer contenda. Anotem isto por favor (LFM)

Sem comentários: