A falta de
alimentos e de medicamentos forçou 2,3 milhões de venezuelanos a abandonarem o
país, segundo a ONU, que alertou para a situação de risco de dezenas de
milhares de cidadãos da Venezuela. “As pessoas indicam a falta de comida como a
principal razão para partir”, disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric. Em
declarações aos jornalistas, Dujarric alertou que aproximadamente 1,3 milhões
de venezuelanos padecem de desnutrição e que os que abandonaram o país o fizeram
principalmente para a Colômbia, o Equador, o Peru e o Brasil. Por outro lado,
explicou que a grave escassez de medicamentos e materiais médicos tem provocado
“uma forte deterioração da qualidade dos hospitais” na Venezuela, país onde
mais de 100.000 pacientes com HIV/Sida, “estão em risco”, devido à falta de
acesso aos remédios de que necessitam. Segundo Stephane Dujarric, reapareceram
e estão a aumentar, na Venezuela, doenças como o sarampo, a malária, a
tuberculose e a difteria, que já estavam erradicadas do país. Na Venezuela são
cada vez mais frequentes as queixas da população sobre a escassez de produtos
básicos alimentares e medicamentos, no mercado local. Os venezuelanos
queixam-se ainda de alguns produtos são distribuídos a preços excessivamente
altos, o que dificulta a aquisição de alimentos e medicamentos por parte do
povo. Uma caixa com medicamentos para 15 dias de tratamento da diabetes e
reduzir o açúcar ou até mesmo para a hipertensão custa mais do que um salário
mínimo mensal (Lusa)
Sem comentários:
Enviar um comentário