quinta-feira, setembro 18, 2014

Regulador impõe restrições a unidade do Grupo Espírito Santo no Dubai



Li aqui que “a Autoridade dos Serviços Financeiros do Dubai impôs nesta quinta-feira restrições ao ES Bankers, detido pelo Espirito Santo Financial Group (ESFG), que impedem a instituição de receber e de pagar depósitos e obrigam a manter e preservar os seus activos. A imposição da restrição foi considerada "necessária" nesta altura pela autoridade (DFSA, na sigla em inglês) devido à incapacidade de o banco do Grupo Espírito Santo (GES) com sede na Suíça, o Banque Privée Espírito Santo, honrar compromissos contratuais com o ES Bankers Dubai. Esta incapacidade estende-se ao reembolso dos depósitos devidos ao ES Bankers Dubai no normal curso dos negócios, refere em comunicado. O não cumprimento das obrigações do banco suíço – detido por José Manuel Espírito Santo –"comprometeu seriamente as operações e a solvência" do ES Bankers Dubai. O regulador refere ter já tomado algumas medidas devido "ao rápido desenvolvimento das dificuldades financeiras" do GES nos últimos meses, de forma a proteger os interesses dos depositantes e outros clientes do banco, entre as quais a impossibilidade de transferência de activos do ES Bankers para outras sociedades do grupo. A DFSA colocou também um gestor a actuar em substituição do Conselho de Administração do banco, com efeitos a partir de 11 de agosto, e suspendeu Ricardo Espirito Santo de funções, por considerar que o banqueiro "já não é uma pessoa adequada" para ser um administrador autorizado do banco. O ES Bankers Dubai é uma unidade do Grupo Espirito Santo de gestão de patrimónios, subsidiária do Espirito Santo Financial Group, com sede no Luxemburgo. No dia 3 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas: o banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES e os accionistas) e o “banco bom” (o banco de transição que foi chamado de Novo Banco e que concentra os activos e passivos considerados não problemáticos)”