sexta-feira, setembro 19, 2014

História: Provadora de comida de Hitler conta história de terror

Segundo o Correio da Manhã, "cada refeição que tomou era uma sentença de morte. Aos 25 anos, Margot Wölk era uma das 15 mulheres que provavam a comida de Adolf Hitler em Wolf's Lair, um dos maiores quartéis-generais do ditador. "Costumávamos chorar como cães porque estávamos tão felizes por ter sobrevivido", contou Wölk em entrevista ao canal de televisão alemão RBB. Em 1941, Wölk viu-se sozinha nos bombardeamentos a Berlim, visto que o marido tinha partido para a guerra. Ainda uma jovem, fugiu para a casa da mãe em Partsch, sem saber que a cidade ficava mesmo ao lado do quartel de Hitler. Foi o presidente da cidade, um fervoroso nazi, que obrigou Margot Wölk a tornar-se provadora. "A segurança era tão apertada que nunca vi Hitler em pessoa", afirmou na entrevista. Mas Wölk pôde revelar o que o ditador comia: arroz, noodles, pimentos, ervilhas e couve-flor. "Havia rumores constantes de que os britânicos tentavam envenenar Hitler. Nunca comíamos carne", acrescentou. Fomos violadas durante 14 dias A mulher contou ainda que, em 1944, um grupo de oficiais do Exército alemão tentou matar o ditador nazi com um engenho explosivo: "Ouvi alguém gritar 'Hitler morreu', mas é claro que não tinha morrido." No mesmo ano, a alemã conseguiu escapar com a ajuda de um oficial das SS. Mas o terror de Wölk ainda não tinha acabado. Em 1945, Berlim ficou nas mãos do Exército russo. "Nós vestíamo-nos de mulheres idosas, mas os russos vinham atrás de nós na mesma", contou Margot Wölk no programa. "Eles rasgaram os nossos vestidos e arrastaram-nos para o gabinete do médico. Ficámos lá presas e fomos violadas durante 14 dias. Era o inferno na terra. O pesadelo nunca vai embora", revelou. Margot Wölk ficou impedida de ter filhos. Um oficial britânico que a ajudou a recuperar quis, mais tarde, que ela se juntasse a ele em Inglaterra. Mas optou por esperar pelo marido. Karl, o marido de Margot, voltou em 1946, completamente irreconhecível. Mas a guerra tinha levado tudo o que tinham e acabaram por se separar. Karl morreu há 24 anos e Margot Wölk, a única provadora sobrevivente, vive sozinha com os seus pesadelos desde então"