Escreve o Publico que "Portugal é a segunda economia desenvolvida do mundo com maior aumento da carga fiscal entre 2009 e 2012. É ultrapassado apenas pela Argentina, segundo o relatório do FMI Fiscal Monitor, divulgado esta semana. Para chegar a esta conclusão, o FMI não incluiu ainda nos cálculos os novos aumentos anunciados pelo Governo em termos genéricos, e que irão constar na proposta do Orçamento do Estado para 2013. Mesmo assim, apesar do aumento de 2,8 pontos percentuais do PIB (produto interno bruto) nos últimos anos, a carga fiscal portuguesa não é ainda das mais elevadas da Europa, diz o Diário de Notícias, que avançou com a notícia. O FMI, um dos membros da troika (a par da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu) que tem condicionado a política portuguesa em troca de um empréstimo internacional, vê também Portugal a cair no ranking do poder de compra e do desemprego até 2017, inclusive. Este ano será ultrapassado pela Eslováquia, em 2015 pela Estónia e em 2017 pela Lituânia, segundo um outro relatório, sobre as perspectivas económicas globais. Na última noite, o FMI divulgou um outro relatório, sobre estabilidade financeira, em que alerta para riscos associados ao programa do Banco Central Europeu para a compra de dívida pública dos países da zona em dificuldades. A incerteza recai nas condições que são impostas aos países que aderirem ao programa. O FMI relembra que são países em dificuldade, aos quais é exigido um esforço acrescido para consolidarem as contas públicas. A instituição considera que o programa não garante categoricamente o regresso a um nível de dívida sustentável e avisa que pode mesmo dificultar o crescimento económico e agravar o défice. O FMI diz ainda, segundo a rádio TSF, que também não é certo o retorno da totalidade do dinheiro investido no programa de ajuda".