domingo, agosto 26, 2012

Número de dirigentes intermédios aumentou em mais de 1200 nos últimos 5 anos

Na mesma reportagem da jornalista do Publico Raquel Almeida Correia do Público é referido que "o Estado tinha 5703 dirigentes intermédios no final de 2011, o que representa um acréscimo de 1217 relativamente a 2007, e contraria claramente um dos objectivos anunciados no Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (Prace), "a maior reforma desde o 25 de Abril" anunciada por José Sócrates. De acordo com a análise que o PÚBLICO efectuou aos dados publicados nos boletins estatísticos da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), o universo deste grupo de funcionários públicos tem vindo a subir consecutivamente nos últimos cinco anos. E só registou uma diminuição (170) no primeiro semestre deste ano, em resultado das novas leis orgânicas dos ministérios decorrentes da aplicação do Plano de Redução e Melhoria da Administração Central do Estado (Premac), aprovado em Setembro do ano passado. No final de Junho eram 5533. O objectivo do Premac, segundo os dados facultados ao PÚBLICO em Março pelo Ministério das Finanças, é reduzir o número de cargos de direcção intermédia para 4135. Ao nível dos dirigentes superiores, os dados da DGAEP indicam que no final de 2011 existiam 1007, o que traduz uma diminuição de 408 em relação a 2007. Nos primeiros seis meses de 2012 registou-se uma nova redução (75) para 932. O Premac prevê restringir o universo para 715 cargos superiores. A análise do PÚBLICO permitiu ainda concluir que nos últimos cinco anos os grupos profissionais que mais funcionários perderam foram os enfermeiros (-21.025) e médicos (13.837), mas estas reduções são explicadas com a transformação e integração de várias unidades de saúde em Entidades Públicas Empresariais (EPE), que fez com que estes profissionais deixassem de pertencer à esfera do Sector Público Administrativo. Os assistentes operacionais/operários/auxiliares são assim a carreira que mais pessoas perdeu no período em análise: 13.021. No final de Junho, eram 65.653, menos 1832 do que no final de Dezembro. Os assistentes técnicos e os educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário surgem a seguir na lista, com quebras de, respectivamente, 12.999 e 8079. No final de 2011, a Administração Central do Estado tinha 49.148 assistentes e 138.406 educadores e professores, o grupo com mais funcionários em todo o Estado. No que toca aos professores universitários e dos politécnicos a tendência foi de aumento. No primeiro grupo, os dados da DGAEP revelam que existiam 13.931, ou seja, mais 275 do que em 2007. Já o segundo grupo ascendia a 9694 (mais 1600). Olhando para os dados do primeiro semestre deste ano verifica-se, contudo, que as universidades tinham menos 86 professores e os politécnicos menos 159.Outro dado curioso é o facto de os magistrados terem sido a única profissão que registou um acréscimo nos dois períodos em análise. No final de Junho, o Estado tinha 3823 magistrados, o que traduz um acréscimo de 327 face a 2007 e de 18 em relação a Dezembro de 2011.Nas Forças Armadas, o número registado pela DGAEP no final de 2011 era de 34.442, o que representa uma redução de 3560 relativamente a 2007. Em Junho, os três ramos das Forças Armadas tinham menos 67 pessoas. Nas forças de segurança, a tendência é mista. Em cinco anos, o universo de trabalhadores das várias polícias até aumentou (128) para 53.724, mas nos primeiros seis meses deste ano saíram 335. Os grupos que mais cresceram entre 2007 e 2011 foram os técnicos superiores, seguidos pelos já referidos docentes dos politécnicos. No final do ano passado, o Estado tinha 32.214 técnicos superiores, ou seja, mais 6636 do que cinco anos antes. Nos primeiros seis meses deste ano, porém, esta carreira profissional registou uma diminuição de 1454"

Sem comentários: