Escreve o Correio da Manhã, num texto dos jornalistas :Hugo Real e António Pereira que “Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, presidente da FPF, Humberto Coelho, vice-presidente do organismo, Carlos Godinho, director desportivo, e Paulo Bento, seleccionador nacional, são alguns dos elementos da FPF que têm direito a carros de serviço, sendo que essas viaturas são fornecidas pela Olivedesportos, presidida por Joaquim Oliveira. Actualmente, o presidente da Federação tem ao seu dispor um Mercedes B200 CDI, que novo custa cerca de 35 mil euros, enquanto que o chefe dos árbitros tem um Renault Mégane, que novo teria um preço próximo dos 25 mil euros. A informação sobre a atribuição dos carros a dirigentes e directores funcionais foi confirmada ao CM por fonte oficial da Federação Portuguesa de Futebol, que esclareceu que este contrato foi assinado durante a presidência de Gilberto Madaíl e tem que ver com a cedência dos direitos de transmissão televisiva dos jogos da selecção nacional (ver texto ao lado). Assim, a FPF recebe parte do valor acordado com a empresa de Joaquim Oliveira em dinheiro, sendo o restante pago em "espécie". Outra fonte da FPF contou ao CM que, no total, são treze carros que estão ao dispor de directores e responsáveis da FPF, sendo que algumas viaturas são utilizadas como carros de serviço. A estes há ainda que somar o autocarro que transporta os jogadores da selecção nacional, também oferecido pela Olivedesportos à Federação. O contrato prevê ainda que todas as despesas de manutenção dos veículos são asseguradas pela empresa de Joaquim Oliveira, assim como os seguros, que são feitos na companhia Lusitânia em nome da Olivedesportos. As frotas que a Olivedesportos disponibiliza à FPF são renovadas regularmente, sendo que a última alteração aconteceu há três anos, em 2009. Os carros, diz a mesma fonte, não são comprados por Joaquim Oliveira, já que este utiliza um sistema de renting (contrato de aluguer por um período e quilometragem pré-determinado, mediante o pagamento de uma renda) para ter acesso aos veículos e, posteriormente, os entregar à Federação. O CM tentou obter um comentário da Olivedesportos, mas não obteve resposta até ao fecho desta edição. Também Vítor Pereira esteve incontactável. Já o ex-presidente da FPF Gilberto Madaíl não tem dúvidas sobre as vantagens que o negócio com a Olivedesportos trouxe para o organismo que gere o futebol nacional. "Foi um bom acto de gestão. Na altura, só tínhamos carros muito velhos e este acordo permitiu-nos renovar a frota de automóveis, sem custos adicionais", elogiou, salientando que "está tudo devidamente documentado".
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