Li aqui que "o défice da Administração Central e da Segurança Social, relevante para efeitos do programa de ajustamento acordado com a troika, ascendeu a 5.622,2 milhões de euros até julho deste ano. O valor está dentro dos limites acordados, mas por pouco. É que, para o terceiro trimestre do ano, a troika impunha um teto de 5.900 milhões, o que deixa apenas uma margem inferior a 300 milhões para agosto e setembro.Em apenas um mês, o défice agravou-se 1.328,5 milhões.De acordo com a Direção-geral do Orçamento (DGO), o défice provisório do subsetor Estado melhorou para 3.979,9 milhões de euros, face aos mais de 6.560 milhões do mesmo período do ano anterior. Uma melhoria permitida pela subida de 11,4% na receita efetiva e pela queda de 0,7% na despesa efetiva.IRC afunda mas IVA recupera gradualmenteA receita fiscal continua a cair, 3,5%, quando o Governo esperava arrecadar mais 2,6% com impostos este ano. De acordo com o «Diário Económico», o Governo espera uma derrapagem de 3 mil milhões de euros nestas receitas.A queda mais acentuada é do IRC: 15,6%. O IRS, por seu lado, subiu 5,9%, graças «ao efeito nas retenções na fonte de IRS da suspensão dos subsídios de férias dos funcionários públicos», explica. No conjunto, os impostos diretos rendem menos 1,6%.Nos impostos indiretos, a receita de IVA está 1,1% abaixo dos primeiros sete meses de 2011, mas esta tendência negativa está cada vez menos acentuada (em maio era de 2,8% e em junho de 1,8%). Ou seja, está a recuperar gradualmente.Ainda nos impostos indiretos, destaque para a queda de 45,1% no Imposto Sobre Veículos (ISV), a de 7,9% no Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e de 12,7% no Imposto Sobre o Tabaco (IT).Despesa com pessoal afunda mas juros custam caroDo lado da despesa, o Governo conta com a ajuda das despesas com pessoal, que caíram 16,1% face ao homólogo, efeito da retenção dos subsídios de férias, e ainda uma descida de 8,8% na despesa com aquisição de bens e serviços.No entanto, os números acabam por ser pressionados pelos juros e outros encargos, que crescem 16,9% face ao homólogo. Mesmo assim, estão a desacelerar.A despesa efetiva cai 0,7% e a despesa primária (sem juros) cai 3,2%. Descidas que comparam mal com as do primeiro semestre (2,2 e 5,4%, respetivamente).Saldo da Segurança Social cai para menos de metadeO saldo da Segurança Social situou-se nos 139,6 milhões de euros no fim de julho, menos 162,8 milhões que no mesmo mês do ano passado. Uma deterioração que resulta do aumento de 3,1% na despesa efetiva, que ofuscou o aumento de 1,8% nas receitas.Os sinais da crise são visíveis na queda de 4,4% das contribuições para a Segurança Social, mas também no aumento de 2,5% nas despesas com prestações sociais. O destaque vai para o aumento de 22,6% na despesa com subsídios de desemprego e apoio ao emprego.Nos outros subsetores, os Serviços e Fundos Autónomos registaram um saldo de 548,5 milhões, penalizado pelas entidades públicas reclassificadas (EPR) no perímetro da Administração Central. Em termos comparáveis, o saldo ascende a 1.053,4 milhões, uma melhoria de 66,2 milhões face ao homólogo.O Serviço Nacional de Saúde (SNS) apresentou um saldo de 507,7 milhões, graças ao recebimento da primeira tranche para regularização de dívidas de anos anteriores (750 milhões) prevista no Orçamento Retificativo. A Administração Regional apresentou um défice de 62,9 milhões, uma deterioração de 91 milhões devida à Região Autónoma da Madeira, que regista um défice de 115,2 milhões, por regularização de dívidas de anos anteriores. Os Açores apresentam um excedente de 52,3 milhões.Por fim, a Administração Local ficou com um saldo de 228,8 milhões, menos 1,9 que em junho"
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