terça-feira, janeiro 26, 2010

Futebol: "Ruben Michael e o Porto"

"Olhando os ‘onze’ de cada candidato, o primeiro reforço que parece ser para jogar de imediato desembarcou no Dragão. Ruben Micael. É um médio com a chamada ‘intensidade de jogo’, isto é, sabe ocupar os diferentes espaços de jogo, recuando ou avançando. Não é um 8 nem um 10. Em vez de organizar, dá soluções construtivas (no passe e no remate) na fase de definição atrás dos avançados. Um médio completo.
Apesar deste cocktail de boas impressões, vindas das suas exibições na Madeira, é natural ter dúvidas se poderá fazer o mesmo num ‘grande’. Ou melhor, se pode repetir o mesmo futebol num grau competitivo superior. Penso que sim. Porque detecta-se carácter no seu jogo e, tentando sair do relvado, até na forma como fala. Depois, porque tem um traço que distingue os grandes jogadores, tecnicamente ou mentalmente: joga sempre de cabeça levantada! Neste contexto, onde se poderá encaixar Ruben Micael no esquema do FC Porto de Jesualdo? Pensando no seu habitual 4x3x3 e no sentimento de vazio que permanece na era pós-Lucho, a tentação imediata é colocá-lo como interior-direito do vértice do meio-campo. É a opção que faz mais sentido.Na Madeira, jogava noutro sistema (vértice 10 do 4x4x2, ou mais caído na ala, ou no centro de um 5x3x2). A sua cultura táctica permite pensar nele a jogar bem em diferentes sistemas, mas vendo o actual momento da equipa, a opção do 4x3x3 ameaça colocar-lhe, talvez, um peso táctico excessivo sobre as costas. Isto porque, em geral, no início, os jogadores sentem sobretudo o problema das equipas. Só depois é que começam a tentar resolvê-lo. Quase como um destino, um FC Porto desenhado em 4x4x2 ou 4x1x3x2 durante a maior parte do jogo faz cada vez mais sentido" (por Luis Freitas Lobo, no Expresso). Ainda sobre o ex-jogador do Nacional recomendo a leitura do texto do Publico, da autoria de Bruno Prata intitulado "Mais certezas do que dúvidas sobre Rúben Micael".

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