quinta-feira, janeiro 21, 2010

LFR: o futuro de AJJ passa por este processo

Há uns indivíduos - na oposição e alguns, muito poucos, também no PSD regional - para os quais mais importante do que aprovar uma boa revisão da lei de finanças regionais - e aproveito para achar piada ao histerismo de César, nos Açores, que esbraceja por tudo e por nada, provavelmente porque já percebeu que vai levar uma "cacetada" com os próximos valores do PIB regional europeu... - ou conseguir algum sucesso com a revisão constitucional, será "despachar" Alberto João Jardim porta-fora, tal o nível da ambição, da frustração pela espera, e dos interesses cruzados, nalguns casos sem fronteiras partidárias, que se encontram hoje numa encruzilhada. Se Jardim tivesse decidido que em 2011 "vou ali e venho já", acham que Serrão tinha sequer tido o atrevimento de se candidatar à liderança do PS local? Esqueçam!
O que eu penso sobre isto é muito simples:
- se o processo de revisão da lei de finanças regionais - e por isso espanta-me a idiotice do ministro Santos (o tal que chegou a ministro depois da demissão daquele que foi em primeiro lugar convidado para ministro e das imensas recusas dadas a Sócrates quando foi necessário tapar o buraco deixado pela demissão do seu antecessor, esse sim, uma pessoa eticamente séria e profissionalmente competente) e de Sócrates, Alberto João deve ser candidato em 2011 para não ser acusado de ter "fugido" quando as coisas se complicaram e quando a unidade dos madeirenses será mais necessária do que nunca;
- se o processo de revisão constitucional, como suspeito que possa vir a revelar-se, propicie um fracasso em termos dos objectivos subjacentes à iniciativa da Madeira, teremos um segundo aspecto fundamental para que a recandidatura de Jardim se concretize e que o PSD da Madeira se deixe de idiotices, convença Jardim a mais um mandato (a ver onde é que tudo isto vai parar) para que a Região possa "atacar" em novas frentes internacionais, denunciando a realidade - e deve fazê-lo com credibilidade - de uma perseguição política e pessoal que penaliza a regiao e o seu povo. Finalmente, para que seja próprio Jardim, com a legitimidade politica que tem, a liderar as mudanças que inevitavelmente os tempos exigirão e a viabilizar uma efectiva renovação interna do partido, direccionando-o para tempos novos. Por isso, não me espantaria nada que ainda tenhamos de agradecer a Sócrates, Santos e restante "romaria" medíocre local, a oportunidade que darão ao PSD da Madeira para nem ter que perder tempo com situações impensáveis num determinado contexto.
Porque no PSD da Madeira, pode haver silêncio de quem não se quer comprometer, mas não há, particularmente entre os seus responsáveis, qualquer tolerância com a traição, muito menos com o virar as costas aos madeirenses quando eles mais precisarão de pessoas que realmente estejam com eles e que com eles possam estar na vanguarda dos combates que teremos de travar, caso estas duas situações se conjuguem, como desconfio.

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