quarta-feira, janeiro 28, 2009

Assembleia da República preocupada com a comunicação social...

Foi hoje noticiado que "a comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura decidiu chamar os responsáveis do Sindicato de Jornalistas, Confederação de Meios, Associação dos Anunciantes e Associação das Agências de Publicidade para fazer uma análise geral do sector. Aprovado por unanimidade, o requerimento foi avançado pelo deputado do PSD Luís Campos Ferreira que explicou o pedido com o facto de "a situação na comunicação social ser grave". A proposta social-democrata foi feita depois do PSD e do PS terem "chumbado" uma audição do presidente da Controlinveste, Joaquim Oliveira, pedida pelo PCP na sequência do anúncio de despedimento colectivo de 122 trabalhadores do grupo. "Um despedimento tão vasto é preocupante mas não me parece que isto [a audição de Joaquim Oliveira] caiba nas competências da Assembleia", argumentou Campos Ferreira. Posição secundada pelo PS já que, segundo o deputado João Serrano, "esta é uma questão laboral que deve ser entendida como tal". Para o PCP, no entanto, a audição serviria para "tentar saber o que se passa no sector".Também o deputado do Bloco de Esquerda, Fernando Rosas, apoiou a intenção. "A Assembleia devia dar um sinal de preocupação perante o maior despedimento no sector", sublinhou. O CDS absteve-se, mas o deputado Pedro Mota Soares referiu considerar que o Parlamento "não é o local próprio para discutir questões laborais". Uma particularidade: esta noticia surge depois da aprovação com os votos do PS, e à pressa, de um diploma que visa directamente o Jornal da Madeira, mas que para disfarçar e lhe dar um ar mais generalista, acabou por incluir mais algumas normas que geraram protestos do Sindicato dos Jornalistas, das televisões e de todos os grupos de comunicação social nacionais. Agora é que vêm ouvir o sector... Quando a crise está a começar a ter efeitos graves, nomeadamente centenas de despedimentos. Hipocrisia!

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