quinta-feira, janeiro 29, 2009

A declaração de José Sócrates (II)

"Quero repudiar, mais uma vez, e com indignação, as notícias difamatórias que a meu respeito têm sido divulgadas e alimentadas na comunicação social, a propósito do licenciamento do projecto Freeport.
Com o comunicado oficial de hoje, divulgado pela Procuradoria Geral da República – única autoridade competente para prestar esclarecimentos idóneos – o País ficou a saber, uma vez mais, que a verdade do que é a investigação do caso Freeport não corresponde aquilo que tem sido noticiado. Essas notícias baseiam-se, portanto, em fugas de informação selectivas, manipuladas e orientadas com um único fim: atingir-me pessoal e politicamente. Fugas de informação que – afinal – não fazem mais do que aproveitar, e explorar, as mesmas acusações caluniosas, da mesma carta anónima, que deu pretexto para os ataques pessoais de que fui alvo em plena campanha eleitoral de 2005.
Reafirmo, com total segurança, porque esta é a verdade dos factos, o seguinte:
1. A autorização ambiental do projecto Freeport obedeceu ao cumprimento rigoroso de todas as norma legais em vigor, como se tornou claro para quem esteja de boa-fé.
2. O projecto respeitou também, como foi confirmado pela Comissão Europeia, todas as exigências ambientais próprias de uma zona de protecção especial para a conservação da natureza.
3. Em terceiro lugar, a Declaração de Impacte Ambiental foi emitida sem nenhuma espécie de favorecimento, nem outra motivação que não fosse a defesa do interesse público.
Já não é a primeira vez que passo por esta provação. A provação de ter de enfrentar uma campanha negra, e com as técnicas de sempre. As técnicas da deturpação e da insídia, com o intuito de afectar a minha honra e de pôr em causa a minha integridade pessoal.
Sei bem que isto é um teste de resistência. Mas repito, não é desta forma que me vencem. Porque em democracia, não podem vencer os que usam a arma da calúnia. Continuarei a dar o meu melhor para resolver os problemas do País. É esse o meu dever e é isso que farei em nome das responsabilidades que os portugueses democraticamente me confiaram. Quero finalmente, e mais uma vez, exprimir a minha total confiança nas instituições da justiça. Sei bem que darão o seu melhor para apurar toda a verdade".
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