
"É impossível analisar, neste espaço, todo o Orçamento do Estado. Mas há quatro mitos que vale a pena desmontar.
- PIB – colocar a fasquia nos 0,6% é temerário. O FMI fala em 0,1% e, pelo que já se vê de impacte da crise financeira na economia real (entre nós e lá fora), é bem provável que tenha razão.
- PIB – colocar a fasquia nos 0,6% é temerário. O FMI fala em 0,1% e, pelo que já se vê de impacte da crise financeira na economia real (entre nós e lá fora), é bem provável que tenha razão.
- Função Pública – aumentar salários em 2,9% é um erro. Coloca pressão sobre a despesa, num ano de incertezas, e passa uma mensagem errada para o sector privado. E com o défice da balança corrente acima dos 10%...
- Obras públicas – insistir nas grandes obras (v.g. TGV) é um contra-senso, não um acto de boa gestão, como diz o ministro. Porque o capital tornou-se escasso/caro e os bancos exigem agora mais garantias. Não vale dizer que algumas obras serão feitas pelos privados. Eles estão a ser mais afectados, no crédito, do que o próprio Estado!
- Défice orçamental – 2,2% é um valor perigoso. Basta um deslize na despesa, ou na receita, para encostar nos 3%. Não colhe a teoria do ministro: "O PIB em 2008 vai crescer 0,8% e não 2%. Mesmo assim, cumprimos a previsão de 2,2%". Pois, mas se o PIB crescesse 2%, o ministro estaria agora a anunciar um défice de 17,8%...! Ou seja, se o PIB estagnar, lá se vai a receita e… os 2,2% (o maior contributo para a baixa do défice veio da receita, e não da redução da despesa).
Na habitação, mistura-se boas com más ideias. O tema fica para segundas núpcias"
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