quarta-feira, outubro 29, 2008

Aviação: "low cost" Sterling faliu!

É uma pouca vergonha porque ninguhém sabe o real estado das companhias low cost. Hoje ficamos a saber que "a Sterling Airways declara falência e cancelou todos os voos, deixando em terra vários passageiros que não serão reembolsados. A companhia aérea de baixo custo Sterling Airways, sedeada na Dinamarca e que voava para o Funchal e Faro. Uma falência devido à actual crise financeira."Nas últimas semanas, a direcção, o conselho de administração e os accionistas da Sterling tentaram manter a empresa viva", lê-se num comunicado emitido pela companhia aérea e ao qual a agência Lusa teve acesso. "Infelizmente, esta acção não teve o efeito desejado, pelo que decidimos declarar falência, o que acontecerá durante o dia de hoje", acrescenta a companhia aérea. A Sterling Airways, que voava para o Funchal e Faro, cancelou todos os voos, deixando em terra vários passageiros que não serão reembolsados". Segundo a agência de Notícias PressTur, "a low cost nórdica Sterling, que operou em Faro e no Funchal, cessou hoje os voos e informou que entra em processo de falência, alegadamente por o colapso financeiro da Islândia ter obrigado o seu accionista, Palmi Haraldsson, a cessar o apoio de capital que estava a prestar-lhe.Um comunicado da companhia informa que os passageiros que compraram bilhetes através do seu website “infelizmente não serão reembolsados nem terão voos de regresso”.Quanto aos que compraram bilhetes em agências de viagens e operadores turísticos ou que pagaram com cartão de crédito, a Sterling diz, em relação aos primeiros, que devem contactar essas empresas e, quanto aos segundos, que devem tentar junto dos bancos um reembolso.A informação diz ainda que os seus passageiros que se encontram no exterior com hotel ou carro alugado através da Sterling vão poder manter esses serviços, “uma vez que são pagos através de parceiros de negócio”, mas que quanto ao voo de retorno à origem precisam “encontrar alternativas”.A Sterling especifica ainda que os clientes que reservaram a viagem, hotel e/ou carro através de uma agência de viagens ou operador turístico, devem contactar estas empresas “para um possível reembolso do voo de regresso”.“Sabemos que muitos seguros de viagem não protegem os titulares da falência de uma companhia aérea, mas se tem um seguro por favor contacte a companhia para uma clarificação”.O comunicado da Sterling em que anuncia a decisão de apresentar o pedido de falência refere que no Inverno 2007-2008 a companhia começou a perceber “sinais de estagnação do mercado” e admite que quando da escalada dos preços dos combustíveis ficou mais “exposta” pois tinha em curso uma “forte expansão da sua actividade”.A situação agravou-se na Primavera deste ano, com o abrandamento da procura e a forte subida do preço do combustível, o que levou a Sterling a acumular prejuízos fortes, face aos quais implementou um plano de reestruturação com redução de frota e pessoal e a retirada de actividades que não eram rentáveis.A Sterling refere que o seu accionista apoiou esse plano com uma injecção de 445, milhões de coroas dinamarquesas (74,6 milhões de dólares) e previa continuar a financiar a reestruturação, mas com o colapso do sistema financeiro islandês, em apenas três ou quatro semanas, não pode continuar.“Negociações foram realizadas com vários investidores potenciais, mas foi impossível chegar a soluções finais. O resultado inevitável é que a Sterling Airlines A/S não tem outra opção que não seja a declaração de falência”, acrescenta.A imprensa dinamarquesa está a noticiar que a decisão da Sterling de parar as actividades deixou milhares de passageiros sem os seus voos de regresso em vários aeroportos europeus.A Sterling, com uma frota de 27 aviões Boeing 737 e 1.100 trabalhadores, voava para 40 destinos na Europa, entre eles Faro (ligações com Copenhaga, Estocolmo e Oslo) e Funchal (ligações com Copenhaga)".

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